Capítulo 18

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Point of View Emma Swan

As últimas dezoito horas foram as mais intensas de tudo que aconteceu em minha vida, neste momento não me lembrava da Emma traficante ou até mesmo da Liz a traficada. A única coisa que eu consigo pensar é em Evie.

Minha linda bebê, minha linda filha. Que tinha vindo ao mundo cheia de vida e saúde.

Regina estava exausta então se encontrava dormindo, depois de horas em trabalho de parto o lindo sorriso dela no final em ver nossa filha compensou toda a espera e toda a ansiedade.

Eu estava na ala do hospital que levava para a maternidade, mais especificamente na ala do berçário. Eu via pelo vidro minha filha, quieta e enrolada em uma manta de cor azul. Agora porque azul ?

Pelo simples fato de que Regina e eu não queremos definir nada devido a cor ou a brinquedos. Nossa filha terá a autonomia de escolher a cor preferida, com qual brinquedo irá brincar e o mais importante, qual roupa irá usar.

Acho que esse mundo já tem imundice demais debaixo do tapete, vivemos em uma sociedade arcaica que gosta de apontar para opção ou gênero do seu próximo, então se eu puder ensinar minha filha a ser uma pessoa de mente aberta, então assim será.

Volto pelo corredor olhando a tudo ao meu redor, meus pensamentos me levam até Eloise.

Ela deve estar uma fera comigo, pelo que fui informada iria chegar hoje um novo “carregamento” de novas mulheres e eu que estava encarregada de recebe-las, mas eu estava aqui o lugar que eu deveria estar.

Eu tentava ao máximo não pensar nessa minha nova vida, que ironia do destino. De traficada a traficante, que vira volta minha vida deu.

Mas eu não podia reclamar, eu ao menos poderia me importar, tudo que eu fazia era por um motivo maior, tudo isso tinha um nome e um sobrenome.

Regina Mills, e agora Evie.

As duas mulheres mais importantes da minha vida.

Expulso meus pensamentos quando paro em frente a porta do quarto de número 727, giro a maçaneta devagar e entro, o lugar estava meio escuro, mas mesmo assim dava para ver o corpo deitado na cama.

— Que bom, você já acordou. – Falei alegre quando notei a cabeça virar em minha direção.

—Ei, Emm.- Ela me esboçou um sorriso cansado. —Cadê nossa filha? — É tão bom pode escutar isso, nossa filha.

—Está no berçário, acabei de ir lá olha-la. — Deixei um beijo em sua têmpora. — Como você está? — Lhe perguntei.

—Como se um bebê tivesse passado por minha vagina. — Tentou fazer graça, mais de longe se notava o cansaço em sua voz.

—Dorme Gina, você precisa se recuperar, quando acordar amanhã estarei aqui.

—Promete?

—Prometo, eu e Evie estaremos. – Lhe dei um selinho vendo seus olhos pesarem e Regina cair rapidamente em um sono profundo.

[...]

O dia mal tinha clareado e eu estava com o sorriso mais idiota no rosto, Regina estava dando de mamar para a nossa princesinha.

Ela ainda não tinha os olhos abertos, então não dava para saber se ela tinha herdado os olhos lindos de sua mãe, ou os azuis de seu progenitor.

Me lembro muito bem quando eu o vi chegando na boate, e quando ele escolheu Regina para ir ao quarto. Eu até hoje não sei o que de fato aconteceu dentro daquele quarto, e Evie muito menos toca no assunto. O que eu sei é o mesmo que todos souberam na boate, que ele a drogou e depois abusou de seu corpo, resultando na pequena Evie.

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