Volume 2: Capítulo 9

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Volume 2
Capítulo 9: O Noivo e a Boneca de Memória Automática

A lua matinal ascendeu em azul. Sua fraca forma não era o suficiente para dominar aqueles que viveram sob a luz da lua do céu noturno. No entanto, assim como a lua cheia, a lua com uma cor mais suave tinha um charme que parava o tempo e fazia com que as pessoas a contemplassem. Combinado com a paisagem de pradarias e pequenas flores que se espalham, era como uma ilustração de um livro de contos de fadas.

“Mamãe.”

Em meio a uma paisagem celestial, um jovem corria atentamente. Na sua extrema pressa, ele se vestiu com uma calça e uma camisa. Ele não usava nada além disso.

A área era chamada de Bacia dos Eucaliptos e tinha muitas terras não desenvolvidas, com a distância de cidade a cidade e de aldeia a aldeia sendo cerca de metade de um dia. Os veículos de serviço regulares passaram apenas uma vez por dia e, se perdidos, os residentes locais e os viajantes  não teriam escolha senão confiar em seus próprios pés ou em outros meios de transporte. A procura de uma pessoa nesse mundo de arrozais parecia fácil, considerando o pequeno número de obstáculos, mas, na realidade, não era.

“Mamãe!”

A amplitude em si era o obstáculo principal ao perseguir alguém. Buscas detalhadas levam muito tempo. Era difícil notar, mesmo que um alvo se movesse do lugar e estivesse indo para outro.

“Caramba, por que as coisas acabaram assim...?”, O jovem impaciente limpou o suor da sua testa com a manga da camisa

Os pés que haviam corrido nos campos até então ficaram mais lentos, apenas caminhando e, eventualmente, pararam. Talvez como ele não tivesse tempo para vestir sapatos, ele estava com os pés descalços. Seus pés sangraram, talvez por ter pisado em galhos ou pedras. Aquele que ele buscava nessa perseguição era o suficiente para ele adquirir tais feridas? Aliás, o próprio jovem acabou refletindo sobre isso.

Apesar da pergunta que nasceu dentro dele e da falta de uma resposta precisa, o jovem retomou a corrida. As pequenas flores brancas em que ele pisava eram tingidas de sangue.

“Chame... meu nome, mãe.”

Deveria voltar ou não? Abandonar o que ele procurou ou não? “O meu nome...”

Se ele não escolhesse, simplesmente não teria mais escolha do que continuar procurando. Nessas circunstâncias, a indecisão foi o maior problema. Por exemplo, talvez tenha uma pista nesses campos infinitos.

“Ah.”

Uma fita vermelha escura de repente voou para o campo de visão do jovem. O vermelho flutuou para um mundo de nada além de verdes, azuis e brancos. Em frente a ele, um vermelho diferente do sangue que ele havia derramado fluía suavemente na brisa. Instintivamente, ele esticou a mão e, lentamente, pegou na palma da mão o que parecia um presente do céu.

O jovem virou a cabeça em direção a direção do vento. Ele podia ver silhuetas. Eram as figuras de algumas pessoas em uma motocicleta. Um deles tinha deixado o local e estava correndo em sua direção. Mais ele podia dizer que era uma mulher. Além disso, ela tinha uma beleza cativante. Seu cabelo dourado pairando entre a dispersão das pétalas de flores, ela parou diante do jovem e olhou intensamente em seu rosto.

“Hum...”

Seus olhos azuis mantiveram um encanto misterioso e fizeram com que ele sentisse como se o tivessem tirado sua roupa.

“Prazer em conhecê-lo. Eu me apresento para todos os meus clientes. Eu sou do serviço de bonecas de memória automáticas, Violet Evergarden.” Como uma boneca, ela curvou-se com graça.

Violet Evergarden: Light NovelOnde histórias criam vida. Descubra agora