Sinto uma vibração ascendendo pela medula, um latejo que se alastra como chama do frontal ao occipital. Cada toque do bumbo mediastinal crava uma agulha efervescente atravessando as têmporas e, assim, eu retorço.
Tão somente sou agora esse encéfalo torturado. Uma massa cinza e branca quicando nas paredes de um crânio nem tão velho. Sistema nervoso, estressado e com notas de exaustão.
Cruzo os dedos pela nuca e me pressiono. Esperneio só, e embora desesperado, não me surge algum clamor a exprimir. A quem deveria implorar clemência? Cefaliv?
Meu sofrimento é desértico, e minha única esperança são três ponteiros.
Tic tac.
04/11/21
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Escritos Dissociados
PoetryPoesias, textos e crônicas que eu escrevi ao passar dos anos, pode não ter pé nem cabeça, pode ter erros de escrita, redundâncias e até estar incompleto, mas são textos que eu gosto, por isso aqui estão. Nas crônicas eu não dou nome aos personagem...