Na beira do quarto tem um rato, um roedor nojento metido a poeta.
Dança com sua patas por um teclado senil, escrevendo a confissão de sua lassidão.
Por que tão pequeno nasci - questioná-se
Criatura imunda que se ouve ao longe roçando as garras seguidamente nas letras, algumas já gastas por sua constância tentativa de ser escritor.
Seu tamanho ínfimo
De tão pequeno não consegue fazer com que os pés os notem e evitem o pisar.
Pobre criatura tão semelhante ao homem, tão impotente quanto.
05/12/21
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Escritos Dissociados
PoetryPoesias, textos e crônicas que eu escrevi ao passar dos anos, pode não ter pé nem cabeça, pode ter erros de escrita, redundâncias e até estar incompleto, mas são textos que eu gosto, por isso aqui estão. Nas crônicas eu não dou nome aos personagem...