03. algo sobre nova york na madrugada

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— Onde está meu irmão?

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— Onde está meu irmão?

Minha mãe sai da cozinha, com uma caneca de café vermelha em sua mão. Levantando os óculos de grau de seu rosto e acomodando-os em seu cabelo volumoso, ela balançou os ombros.

— Não tenho ideia. — diz. — Com uma garota da escola talvez?

— Você não está preocupada?

— Com o quê? Ele não saberia o que fazer mesmo.

Engasgo uma risada em choque. Mamãe vai para o sofá da sala, pegando seu computador e voltando a trabalhar nele. Passo por ela, tirando o short por debaixo da camiseta larga que vestia.

— Alysée, vi que você chegou de moto hoje. — ela diz, quando passo pela sala, para o meu quarto. Merda. Eu vim para casa com Adam. Não sei como ela nos viu. Congelo no lugar quando ela continua: — Tomando cuidado, eu espero. Não quero você se machucando por coisas estúpidas.

Me viro, olhando para ela. O óculos preto na ponta do nariz redondo, que nem o meu, e os olhos castanhos e cansados de uma tarde inteira revisando teses de doutorado me encarando com uma expressão curiosa e cautelosa. Sorrio de uma forma esquisita que provavelmente denunciou tudo, mas quando tento pensar em uma resposta, nada vem à minha mente.

— Tenho tudo sobre controle. De verdade. — Mentira. Em dois dias com Adam aqui senti coisas que eu não deveria porque nós dois concordamos em ser apenas diversão. Eu disse isso. E se continuar do jeito que está, eu não serei a única saindo machucada.

Ele é meu melhor amigo. Temos uma história juntos e eu me preocupo com ele.

Não tenho nada em controle. E odeio não ter controle.

Mamãe sorri, concordando e cautelosamente. Saio da sala com a consciência pesando nas minhas costas como se mil livros estivessem em cima de mim.  

Foi um barulho na janela que me fez levantar no susto

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Foi um barulho na janela que me fez levantar no susto. Olhei para os lados, vendo se alguém estava no meu quarto, mas não encontrei nada além da sombra da minha sapatilha de ponta pendurada na cadeira da escrivaninha. Outro barulho na janela e em um pulo, eu estava de pé, com o taco de beisebol do meu irmão em mãos.

Sapatilhas de Guerra | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora