Capítulo 2: O bebedor

2.4K 188 130
                                    

— Bem, isso dificilmente é justo... — Theo bufou quando um frasco com um líquido rosa rodopiante foi colocado na frente dele sobre a mesa.

— Tive que seguir as regras... — Harry murmurou, parecendo afrontado com o mesmo frasco que também foi colocado na sua frente. — Se todos os outros assinaram a isenção de responsabilidade, mas Malfoy não...

— Você sabe melhor do que pensar que eu jogaria pelas mesmas regras que todo mundo, Potter. — Draco disse a ele em tom de zombaria enquanto tomava um gole profundo de seu uísque e aceitava o frasco que Pansy havia passado para ele sobre a mesa. — O nosso tempo jogando quadribol em Hogwarts não te ensinou nada?

— Ou a vez em que ele quase foi arruinado por aquele hipogrifo... — Blásio apontou.

— Ou a vez em que ele se transformou em um roedor branco... — Theo apontou com naturalidade.

— E quando ele quase matou o velho Dumbledore? — Blásio respondeu. Hermione e Harry fizeram uma careta para ele. — ...Que Deus descanse sua alma. — Ele acrescentou rapidamente, fazendo um sinal de cruz na sua frente.

— Ou a vez em que ele quase se jogou naquele armário ensanguentado de frustração... — Theo riu de todo o coração.

Hermione ouviu Malfoy respirar fundo com impaciência. Não era incomum que Blásio e Theo zombassem dele por seus atos sombrios anteriores. Ele geralmente levava isso com calma e esperava seu tempo até que ele fosse capaz de recuperá-los com algum tipo de réplica sarcástica e geralmente muito espirituosa, mas esta noite não parecia ser a noite para isso.

— Não há regras, é a escolha do bebedor. — Pansy interrompeu, silenciando os meninos quando viu a expressão de tensão no rosto de Draco. Ele parecia estar lutando contra si mesmo, Hermione podia sentir de onde ele estava sentado. Quase como se ele pensasse que estava cometendo um grande erro ao assinar o contrato.

— Bem, se eu não posso ver o dele, ele não pode ver o meu. — Theo anunciou petulantemente, apontando o dedo na direção de Draco.

— Eu não quero ver o seu Theodore, você vai me deixar sem comer salsicha para o resto da vida. — Draco disse sombriamente, ganhando uma risadinha de alguns ao redor da mesa.

— O que é que foi isso? — Theo perguntou sarcasticamente, — Hmm? — colocando a mão na orelha e colocando-a na direção de Draco. — Cachorro-quente Jumbo, você disse? Ah, você me elogia, Draco.

— Mais como linguiça de coquetel, companheiro. Tenha uma palavra forte consigo mesmo, certo? — Draco brincou de volta e Hermione ficou tensa ao lançar um olhar para Pansy. Ela viu seus olhos brilharem quando a menção do tamanho da salsicha entrou na equação.

Deus, tenha misericórdia de sua alma... sua linha de pensamento sempre parecia conduzi-la de volta lá, e Pansy não ajudou. Depois que as comportas do saco de lixo que era Pansy Parkinson foram abertas, não houve como pará-la. Várias vezes Hermione engasgou com o ar enquanto estava no trabalho porque um pequeno fato sujo ou uma pequena meditação obscena saiu da boca de Pansy. O pior foi há apenas dois meses, enquanto elas estavam juntas na seção de lingerie da loja, consertando a variedade de sutiãs e calcinhas nas prateleiras...


— Você o viu sentado ontem à noite? — Pansy perguntou inocentemente enquanto colocava uma calcinha francesa com babados de volta no cabide. — Ele parecia tão desconfortável no final da noite.

Hermione tentou o seu melhor para ignorá-la. Ela sabia exatamente aonde Pansy queria chegar com isso, e se ela deixasse a garota falar com ela, então não haveria como parar a sujeira que iria derramar de sua boca. Especificamente, sujeira sobre Draco Malfoy.

The Erised Effect | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora