Senhora estranha.

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Caímos do outro lado do portal, em um lugar extenso e plano, da qual não conseguia ver direito, pois já era noite naquele lugar.

- Não! Por que não fez alguma coisa? Por que deixou ela lá?!

Perguntei chorando.

- Ela te entregou a flauta, mesmo que eu  quisesse ela não conseguiria atravessar o portal. Além do mais, Merlin estava com o colar, não sei onde ela o conseguiu, nem oque ele faz, mas isso significa que ela sabe exatamente onde estamos indo e que não tem mais nada a impedindo de nos perseguir.

Eu estava me sentindo muito mal pelo ocorrido. Não sabia oque havia acontecido com Cecilia, então tentei olhar em meu espelho, mas não consegui, pois o local estava muito escuro.

- Onde estamos?

- EmSubther.

Respondeu ele começando a andar. Olhei entristecida para a flauta e em seguida a guardei em minha bolsa. O céu começou a clarear, pude ver que estávamos em um deserto com a areia mais esbranquiçada que o normal. Olhei no espelho da qual mostrou uma casa logo a frente. Ao chegarmos lá batemos na porta, mas ninguém atendeu, o garoto abriu a porta e entramos. O local estava abandonado.

- Vou conferir no mapa.

Disse ele pegando um pedaço de papel em branco, colocou sobre a mesa e logo em seguida um mapa começou a se formar na folha, onde o ponto central era a casa onde estávamos.

- Isso é uma das relíquias?

Perguntei.

- O mesmo senhor que me deu o relógio também me deu este mapa.

- Por que quer todas as relíquias?

Perguntei. Ele se sentiu incomodado e surpreso com a pergunta.

- Quando foi que eu disse isso?

Perguntou ele.

- Você conhece tudo sobre as relíquias, os portais, as dimensões e veio bem preparado para cá com mapas e dinheiro local. Parece que já está procurando por elas a um bom tempo. 

Ele cerrou os punhos da mão sobre a mesa.

- Isso não é da sua conta.

Respondeu ele me encarando.

Eu estava preocupada, talvez o único motivo pela qual ele me mantenha por perto seja que ele queira as relíquias, não fez nada para salvar a Cecilia... Talvez esteja esperando algo acontecer comigo para ficar com a flauta e com o espelho. Olhei preocupada para ele.

- O que foi?

Perguntou ele.

- Não é nada.

Respondi pouco antes de termos nossa atenção voltada ao mapa onde um ponto se movia em direção a casa.

- Tem alguém vindo.

Disse ele segurando seu relógio.

A porta se abriu e vimos uma senhora entrar na casa, seu cabelo era grisalho, usava uma roupa  xadrez e carregava uma cesta.

- Ah! Me desculpem. Pensei que a casa estava vazia.

Disse ela ao nos ver e estava prestes a sair novamente quando eu disse:

- Espera! Você não estava próximo ao castelo na outra dimensão? Era você mesma.

- Só estou de passagem.

Disse ela saindo para o lado de fora. Nós a seguimos.

- Como passou pelo portal antes de nós? Que relíquia a senhora tem?

Perguntou o sem nome.

- Relíquia? Não seja bobo. É apenas o meu anel de ouro que me ajuda quando eu quero.

Disse ela estendendo sua mão e nos mostrando o anel.

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