Depois de um longo trajeto, Will e sua mãe já haviam chegado em casa depois daquela consulta demorada. O humor do garoto já se encontrava melhor, Joyce definitivamente percebeu que aquele lugar lhe fazia bastante mal, mas aquilo era pro bem do seu garoto e ele parecia não entender muito bem o objetivo de tudo aquilo.
— Calma, garotão! — o Byers disse abaixando cuidadosamente para acariciar os pelos esbranquiçados de seu cachorro que veio rapidamente em sua direção para lhe cumprimentar. — Estava com saudades, hm?
Levantou-se em seguida, guiando-se com a ajuda de sua mãe para dentro da residência alheia. Já podia escutar as risadas de sua irmã e de Max que viam do andar de cima, provavelmente estavam conversando sobre coisas aleatórias, mas logo os barulhos foram cessados e passos apressados foram ouvidos vindo das escadas.
— Will! Finalmente você voltou. — era Jane, que rapidamente envolveu seu irmão em um abraço apertado, em seguida Maxine lhe cumprimentou com apenas um olá.
— Nem me fale. — riu baixo, estava aliviado por estar em casa depois de uma manhã cansativa.
— Vem com a gente. Temos fofoca! — ela disse rindo sendo acompanhada de Max, assim fora puxado em direção as escadas para que pudessem conversar sozinhos no quarto da mesma.
— Como foi a consulta, mãe? — Jonathan perguntou ao ver a mulher entrar na cozinha, vendo assim o filho mais velho terminando de lavar os talheres.
— O de sempre, Jonathan. — respondeu, sorrindo sem mostrar seus dentes ajudando o filho com os afazeres ali na cozinha. — O médico disse que a fila para o transplante está parada.
— Mais uma vez. — ouviu o filho resmungar em meio à um revirar de olhos.
— Ele disse que a estimativa de tempo é mais um ano. — a mulher disse um tanto quanto desanimada, encostando ali em um dos balcões.
— E o Will? O que ele achou disso? — perguntou o Byers mais velho secando suas mãos úmidas.
— Fingiu não se importar, como sempre. — suspirou pesadamente. — No fundo, eu sei que ele está chateado com toda essa demora, eu gostaria de fazer mais por ele.
— Mãe... — o rapaz aproximou-se da mulher, passeando uma de suas mãos por um dos ombros dela, lhe mostrando um sorriso reconfortante. — Não se cobre desse jeito, infelizmente não tem nada que se pode fazer no momento, mas você desde os seis anos do Will vem fazendo o possível para ele.
Joyce balançou a cabeça em concordância, levantando-a em seguida para mostrar um sorriso melhor para seu filho.
— Obrigada, Jonathan.
Por fim, aquele assunto encerrou-se com um abraço apertado de mãe e filho.
•••
— Como ele conseguiu seu número pra começo de conversa? — o Byers mais novo perguntou naquele tom confuso, levantando seu torso da cama de sua irmã, sentando-se de imediato querendo saber mais daquela história.— Esqueceu que ele é primo do Troy? — a ruiva soltou uma risada nasal, arrumando o travesseiro ali em seu colo, também estava sentada na cama da amiga.
— Esse não é o ponto! Não importa como ele conseguiu meu número. — revirou os olhos, passando seu indicador pela tela ligada do celular.
— Você não tá afim dele, né? — Max perguntou em um tom de voz bastante estranho para a opinião de Will, mas talvez fosse apenas coisas de sua cabeça.
— Ele é lindo, Max! Tipo... — ouviu-se o suspiro longo da garota. — Muito lindo, e é totalmente diferente dos outros garotos de Hawkins. Não faria mal algum ficar com ele, o que você acha, Will?
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your eyes tell | BYLER
Romansa𝗢𝗡𝗗𝗘 | will byers é cego, mike wheeler namorado de sua irmã. William Byers é deficiente visual desde os seus seis anos de idade devido à um acidente de carro que sofrera com seu avô, isso resultou a perda de sua visão pelo grande impacto na regi...