faz um tempo que não escrevo. tudo parece tão mais dramático no papel, quando eu leio me sinto envergonhada e deslocada, não queria ser tão intensa assim, tudo fica tão grande, transborda.
não sei exatamente o motivo da minha crise ontem, mas levando em consideração que fui procurar falar com as únicas pessoas que (pelo menos eu acho que) ainda se importam comigo, percebo que boa parte dessa tristeza é por me sentir abandonada de todos, por me sentir sozinha e ver a vida dos outros acontecendo enquanto a minha não sai do lugar. um medo desesperador de nunca ter ninguém além da minha família, de não conseguir trilhar um futuro, de ficar parada. um medo gigante de ser eu, pois sei que involuntariamente tento entrar em uma bolha em que não pertenço. o que eu fiz para ser assim? sempre minha maior dúvida. nunca sou a prioridade de ninguém, sou sempre a pessoa que todo mundo gosta e acha legal, mas ninguém se importa de verdade. gostaria de ser um ser humano evoluído que não liga pra nada disso, gostaria de ser várias coisas que eu não sou, e eu nunca serei. gostaria de ser. gostaria de não estar mais aqui.
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a que fala 200 palavras por minuto
RandomFrestas de luz entraram sem pedir licença. Me senti obrigada a levantar, aquela luz havia de iluminar a alma. A alma clareou. Logo mais, a noite chega, trazendo um conforto no peito e a ideia feliz de olhar as estrelas, pontos brilhantes em uma im...