sex and friendship. -taekook.

l o n e l i n e s s.

"Estando entre muitos, vivo como muitos e não penso como eu; após algum tempo, é como se me quisessem banir de mim mesmo e roubar-me a alma — e aborreço-me com todos e receito a todos. Então o deserto me é necessário, para ficar novamente bom. " — NIETZSCHE, Friedrich.

(não revisado)
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Kim permanecia sentado sobre o assento de avião. Teria que fazer uma viagem de última hora, urgentemente, visto que a área de gerenciamento da empresa avançou na assinatura de contrato com a empresa sul-coreana.

Seu assistente se sentou ao seu lado, logo colocando os equipamentos de segurança, certificando-se de que estava tudo devidamente correto.

Taehyung pegou o travesseiro e acomodou-se, relaxando sobre a cadeira. Detestava andar de avião. De certo modo, era em motivo de um certo medo moderado de altura. Mas, o que mais problematizava sua insegurança era lembrar do dia em que, em um ato de covardia, como sua cabeça dizia para si, fugiu. Fugiu, pois seus sentimentos eram demais para si. Sentia-se transbordando. Transbordando em um completo vazio. Vazio antes que era um grande e profundo sentimento completo, mas que Jeon esvaziou em poucas palavras.

Depois de um longo tempo sem notícias do mesmo, Kim pode finalmente completar a si mesmo. Se orgulhava completamente da pessoa que havia se tornado. Por mais que nem sempre se sentisse completo, a sua companhia era a melhor. Claro, para poder finalmente perceber isso demorou algumas noites em claro, molhando seu travesseiro ou o ombro de seu melhor amigo, Jimin. Mas poder finalmente se sentir saciado novamente, era definitivamente uma das melhores sensações.

Taehyung não havia tentado nenhum relacionamento durante este período. Sabia que não estava pronto ou preparado. Havia tido uma noite ou outra com ficantes, mas nada além disso. Tentava imaginar como estaria a vida de Jeon após sair da mesma. Imaginava que havia tido uma melhoria evolutiva, visto que a maior pedra dessa, fugiu.

Sem nem perceber, Kim adormeceu com a cabeça pendida para o lado esquerdo — o que provavelmente o renderia uma boa torcicolo —, ouvindo a melodiosa música de David Halliday, Sometimes It Snows In April.
Precisava de descanso, as últimas semanas de trabalho que teve foram esgotantes. Projetos novos, contratos novos, muitas coisas para que apenas ele tivesse que organizar. E, por isso, agora viajava até Seoul para que realizasse o último contrato do mês para finalmente passar duas semanas de férias em Jeju. Este contrato seria bem mais importante, por isso precisaria de uma séria de reuniões de ambos os executivos das empresas que, agora, iriam ser quase como uma só.

Decidir unir as empresas não fora nada fácil. Mas ambas sempre dependeram uma da outra, mesmo que de forma indireta. É até engraçado de pensar que mesmo sendo concorrentes, se necessitam.

[ ... ]

Jeongguk adentrou a sala de reuniões, atrasado. Teve de imprimir uma nova papelada para levar até a tão aguardada reunião. Sua cabeça já doía, a manhã tinha sido cheia e ainda não obtivera nenhum tempo de descanso.

Ao entrar na mesma, um vento gelado junto do sentimento de espanto adentrou sua espinha. Jeon avistou quem menos esperava ali, sentado na cadeira da ponta da mesa redonda, ao lado do assistente e de outros funcionários importantes das empresas.

— T-taehyung? —  em choque, o garoto se deu permissão de se pronunciar primeiramente. Ambos em choque, espantados, sem conseguir ao menos piscar. Os olhos diziam, mas nenhum daquela sala poderia explicar ou ao menos entender o que estava a acontecer naquele momento.

Os olhos de Kim lacrimejavam, tamanho o choque. Queria voltar atrás, fugir, se esconder. Mas não permitiria que Jeon o fizesse se acovardar novamente.

— Boa noite, Jeon. — A melodiosa voz grave e rouca do maior se propagou pela sala, causando arrepios na nuca de Jeongguk. Pigarreou. — Podemos começar?

— C-claro. — O mais novo gaguejou. Não estava pronto para começar, mas precisava.

Ver Taehyung depois de tanto tempo era muito para si. Se odiava por ter feito aquilo com o mesmo em tamanha imaturidade que tinha. E poder perceber a figura de maturidade, crescimento, autonomia e de suficiência de Kim o confortavel. Saber que agora, sem si na vida dele, ele estava bem era de certa forma confortável. Mas doía. O arrependimento invasível machucava muito à medida em que atacava seu peito.

Se questionava sobre como havia descartado alguém tão importante para si. Jeon chorou por noites seguidas. Mal queria imaginar o que havia causado nos sentimentos do outro. Se doía tanto em si, imagina em quem machucou.

— Jeon? Está bem? — sua secretaria o chamou. Esta estava a colocar um copo de café a sua frente e, ao perceber o quão destraído estava, se apressou em chamar a atenção.

— Estou sim, senhorita Kang, obrigado. — acordando de seus pensamentos, Jeon focou novamente naquilo que estava em jogo na reunião. — Então, sobre o que estávamos falando mesmo?

— Como não estava prestando a devida atenção, poderei repetir. Preciso primeiramente apresentar-lhe minha empresa e as políticas da mesma. Eu passei a noite lendo os arquivos que me enviou e imagino que nossas empresas se reunirão em completa harmonia. Após tratarmos sobre isso, poderemos então finalmente assinar os contratos. Está certo para você, senhor Jeon?

— Certo. Por favor, me apresente sua empresa, Kim.

[ ... ]

Jeon folheava cada uma das folhas lendo todas as cláusulas e observações que se obtinham nas folhas de contrato. Assinava no final de cada uma, delicadamente com a tintura de cor preta.

Observava as mãos de Taehyung batucarem a mesa, ansiosamente.

— Está pronto. — a secretaria pegou as folhas e as entregou até Kim, que verificou, assinando junto da assinatura do outro.

— Tudo certo, Jeon Jeongguk. É um prazer realizar negócios com você. — disse estendendo a mão à frente.

— Digo o mesmo, senhor Kim. Irei adorar trabalhar com você. — cumprimentaram dias mãos, selando o complemento do contrato.

[ ... ]

Após o fim da reunião, Jeon foi rapidamente até a sala do executivo, tomado por ira. Não se conformava que havia acabado de fazer um contrato com alguém sem ao menos saber quem era antes. Deveria ter procurado. Seus funcionários deveriam ter o notificado.

— Que porra! — sentia vontade de fugir de tudo, assim como fez o outro fugir a tempos atrás. Jogou sua xícara contra a parede, em busca de não descontar raiva em outros ou em si mesmo. Mas sempre acabava do mesmo jeito.

Retirou o cigarro de seu bolso, logo o acendendo e tragando na sacada. Apenas assim conseguiria relaxar, como sempre.

Não poderia mentir, odiava acabar com si mesmo dessa forma. Mas era isso ou surtar com seus próprios sentimentos.

Pois a solidão consumia sua cabeça o tempo todo.

💔🔨

oi !! fazia um longo tempo em que eu nao atualizava essa fanfic. eu sinto muito por isso. primero que tentarei atualizar agora mais seguidamente, sem demoras.
estava em um grande bloqueio criativo, e ainda tomada por atividades escolares.

mas espero que tenham gostado!! nao esquecam de interagir com a fanfic, comentando e favoritando-a.

obrigado por ler, até a próxima !! < 3