Naquele dia, S/n precisou mais do que tudo manter a calma. não queria passar vergonha na frente daquelas pessoas.
O grupo passou por lugares turísticos mais típicos, foram desde a orla até trilhas mais reservadas para manterem a privacidade.
Fora tudo milimetricamente planejado, e Thompson se surpreenderia se não estivesse em completo extase.
Seus idolos, que tanto esperou conhecer, estavam ali com ela. E eram todos malditamente fofos e acolhedores. Ela poderia morrer de amores a qualquer instante.
Jack e Finn faziam muita graça juntos, e isso dissipava boa parte do seu nervosismo. Chosen e sua calmaria, até a assustava um pouco, mas o garoto era igualmente educado e atensioso, sempre fazendo questão de perguntar se ela estava bem.
Millie, por sua vez, se sentia completa. Sempre achou ruim ser a unica garota do grupo, e agora, ela não aturava todos sozinha. Mas, não-superfulamente falando, as duas tiveram um tchan.
Dali, podem apostar que floreceria uma amizade muito, muito sincera.
Sob a companhia energizante e a presença amistosa da garota brasileira, Louis se sentia... abalado. Talvez até, intimidado.
Ele esperava pelos seus momentos de distração para observar cada mísero detalhe da garota. Analisava sua voz melodiosa, seus cabelos cheirosos, seus olhos brilhando em pura adrenalina. Analisava sua linguagem corporal, seus dizeres não-verbais e, aos seus olhos, era como se tudo que a garota fizesse fosse regido por uma aura dourada volupiosa.
Ela era única. E Louis Partridge sabia que sentir algo por ela ali, agora, seria como matar todas as borboletas que ele já cultivou em si.
S/n Thompson era um inferno, e ele era somente uma chama quente e puljante procurando um incêndio para se alastrar.
E uma partezinha bem funda dos seus pensamentos, imaginava que aquela garota estóica pudesse ser o seu incêndio.
Mas ela fuminava, e seria impossível preservar o ímpeto que ele divagara sobre a mesma. Talvez, ele somente se queimaria.
E ainda assim, ele queria. Ela era uma combustão que valia a pena se arriscar.
S/n, por si, sequer sabia como descrever o que sentia.
A felicidade rasgava seu peito ao tempo que o medo fazia o mesmo. Pela primeira vez naquela semana turbulenta devido aquelas pessoas, uma parte dela se permitiu ser racional.
Seu medo não era falar alguma bobagem, parecer muito chata ou o que aconteceria se ela soltasse um arroto sem querer.
Os garotos e Millie eram profundos demais para se preocuparem com aquelas superficialidades.
Seu medo de verdade, era acabar precisando de um momento somente com ela mesma durante o tempo que os novos amigos estavam na cidade.
Ela reconhecia que estavam apenas de passagem e logo voltariam a seguir suas vidas, e não queria, de forma alguma, perder qualquer que fosse o segundo que ela tivesse a oportunidade de passar com eles.
Por que ela sempre sumia. Era inevitavel.
As coisas só passavam a fazer sentido após ela se isolar e mastigar tudo que esta vivendo, como uma resposta barroca aos seus momentos criticos de mudança.
Viver o agora, era, sem sombra de duvidas, a coisa mais dificil da sua vida.
S/n vivia em uma linha tênue entre ser presa ao passado, ou ansiosa pelo futuro.
Isso era uma merda.
Apesar de não conseguir se definir em apenas uma palavra, uma profissão, um adjetivo. Ela ainda era uma garota fantástica.
Passou em três vestibulares e, devo dizer ainda, em três ótimos vestibulares. Não foi qualquer coisa, modéstia a parte.
Mas sabemos quando nós entregamos tudo em algo. Isso é um fato.
Aos curiosos, a resposta é "economia".
Faria economia pela sua mãe. Não que ela não gostasse da area, mas jamais seria o que fazia seu coração dilacerar de vontade e seus olhos se iluminarem de orgulho.
Ela queria mesmo era ser artista. Sempre quis.
Desde pequena mantinha a cabeça enfiada em livros melosos com mocinhas em perigo e caras musculosos indo a seu dispor, ou de principes encantados procurando pela sua princesa...
Ela era uma das ultimas romanticas, de fato. Sonhava em poder reler todas as emoções que sempre admirou. E algo em si ainda esperava encontrar alguém com quem pudesse viver todas as histórias de amor que tiver vontade.
Alguém que tornasse seus contos de fadas realidade.
Talvez seja ai que sua paixão pela arte tenha começado a ganhar vida.
E falando em vida, a sua era um caos.
Mas a sempre grande fã da romantização criou sua frase de efeito em cima disso.
"Caos é cais". Tatuada em seu peito.
E foi com as os dedos brincando sobre o tecido que formava o decote de sua blusa, roçando seu seio esquerdo, ela se sentiu mais tranquila ao lembrar o significado daquilo que tanto pregara aos amigos.
"Caos é cais" não significava fazer morada no caos, significa aprender a reconhecer em qual momento da sua vida você precisará ter coragem para encontrar paz para viver todo o caos.
E ela buscava a paz. Não em alguém, mas em si mesma.
Tinha vontade de poder chamar alguém de "lugar de paz" e dar amor e se sentir amada, mas nunca, nunca, banalizaria a codependencia.
Por que quando o caos deixa de te assustar, você começa a desfilar nesse mundo com uma confiança da qual nenhum outro ser humano poderar quebrar.
O ego é grande por causa das invalidações diarias que sonhadores recebem, que ela recebe. Temos que nos reafirmarmos. Sempre.
- Um beijo pelos seus pensamentos. - ao levantar o queixo, pode observar Louis em sua frente.
O grupo acabara de almoçar em um restaurante em ipanema, e S/n fez questão que eles provassem a maior variedade de sabores possiveis.
A brasileira riu.
- Até dois. - Partridge brincou.
- Bobagem - garantiu -, só pensando onde vamos agora.
Ao lado dos dois, Millie se levantou para atender um telefonema.
- Jurei que seu roteiro turistico ia até amanhã.
- Não - gargalhou, incrédula. - Na verdade não faço ideia de onde vamos depois daqui.
Louis passou a linga entre os lábios, umidecendo-os, e em seguida, os mordeu.
- Podemos ir para o hotel - s/n desviou o olhar do dele, ponderando a ideia. - Tem salas de lazer e um cinema, podemos assistir alguma coisa.
- Finalmente você pensou em algo que preste - Finn surgiu de supetão atrás de Louis, abraçando o mesmo pelos ombros.
- Acho que temos pra onde ir de noite - Millie retornou, pondo seu telefone sobre a mesa e se sentando. - Maisa ligou chamando a gente pra uma festa - revelou animada.
S/n ergueu as sobrancrelhas.
Uma festa. Com seus idolos. No carnaval.
- Festa de quem, maluca? - Chosen se manifestou.
- Um dj, parece. Não sei o nome.
A brasileira logo ligou os pontinhos.
- Você tá falando do carnaval da deolane? - Perguntou incrédula.
A expressão de Millie pareceu se iluminar.
- Isso!
- Tudo bem por você, esseene? - Louis se dirigiu a ela, preocupado.
- Vai ser incrivel, Louis!
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Love Language | Louis Partridge
FanfictionApós brincadeira em entrevista, Louis acaba deixando suas fãs loucas, o que ele não esperava, é que ficaria mais louco ainda, por uma em específico. "Estou procurando uma namorada brasileira!" [@delaisescreve . 2020] ⌇🗞️༉