22 - LIBERDADE AOS CAÍDOS

59 9 2
                                    


Nossa jornada para as demais regiões de Hyrule foi exaustiva.

O campeão Rivali foi o segundo que libertamos, nas terras nevadas de Hebra. E ele se mostrou colérico durante todo o processo, como se não precisasse de nossa ajuda.

Mas eu me lembrava de como ele havia sido gentil comigo durante nosso encontro astral, não que isso tornasse seu comportamento menos irritante.

Vah Medoh, foi um desafio para a estamina e controle do arco e flecha de Link. Mas com o auxílio do discípulo de Rivali, Teba, a criatura foi domada sem maiores problemas.

Quando o Link retornou triunfante, portando a habilidade de voo do campeão, o Rivali's Gale, o líder dos Rito realizou um campeonato de arqueria no Flight Range para comemorar.

Campeonato que eu venci, batendo o antigo recorde do orgulhoso Rivali.

Eu não me sentia animada com as regiões de Gerudo ou Eldin.

Era uma decisão entre ser cozida pelo sol do deserto ou pela lava vulcânica.

Escolhemos o deserto e nos arrependemos assim que pisamos em suas areias escaldantes. As montarias não aguentavam a temperatura dali. O que nos obrigava a atravessar sua extensão a pé.

Na metade do caminho encontramos um Oásis e insisti para que descansássemos em suas águas geladas. O Link não pensou duas vezes antes de largar suas armas e se render à sombra fresca das palmeiras.

Compramos alguns suprimentos e seguimos nosso caminho. Encontramos uma Gerudo correndo em nossa direção, ela nos deu coordenadas e chegamos aos portões da Gerudo Town quando o calor era substituído pelo frio da noite.

Para nossa surpresa o Link teve sua entrada bloqueada pelas guerreiras.

Argumentei que estávamos em uma missão importante, mas elas não cederam.

— Somente vais são permitidas em nossos muros. O voe pode esperar aqui de fora.

— Mas que ridículo! — Esbravejei, observando alguns Gorons dentro da cidade. — E por que eles puderam entrar?

Elas se entreolharam confusas e nos enxotaram sem uma explicação plausível.

Cutuquei o Link e apontei para um Hylian que nos observava perto do templo. Depois de o pressionarmos ele contou que havia um rumor de que um homem no Kara Kara Bazzar havia conseguido enganar as guerreiras e adentrar os portões da Cidade Proibida.

Coloquei os braços na cintura e joguei a cabeça para trás imaginando que precisaríamos retornar para lá.

Mas alguns sand lions dormiam ali perto. O Link se esgueirou atrás de um, o laçando e me oferecendo, para em seguida buscar um para si. A viajem de volta para o Oásis foi muito mais prática deslizando nos escudos puxados pelas criaturas.

Vasculhamos a cidade de cima a baixo e não encontramos o tal homem. Restava apenas os telhados para verificar.

No topo do prédio mais alto encontramos uma Hylian vestindo uma bela roupa rosa, perguntamos se ela conhecia alguém que poderia fazer o Link entrar na cidade e sua resposta foi imediata. Ela poderia nos vender trajes para vais.

Odiava admitir, mas o Link estava uma graça naquela roupa. O tecido do top e da calça tinha o verde claro como cor principal, e algumas partes eram coloridas. Um véu lhe cobria o nariz e a boca. E outro, os cabelos loiros. A minha era do mesmo modelo, mas em um tom escuro de azul com detalhes em branco.

— Só prestem atenção com o vento. — A Hylian disse na mesma hora que uma brisa levantou seu lenço revelando uma espeça barba.

Eu reprimi a gargalhada até o Sheikah Slate nos teletransportar novamente para os portões da cidade.

INDIGNA - Fanfic: Sidon x Leitor (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora