Hey, Domme - (Spin-off Hey, Professora)

Cap. 2 - Conhecendo O Território

Ahoooy!

Mais um capítulo pra alegrar a noite de quem gosta de um romancinho com leves tretas entre a senhora advogada e a ex-dominatrix além de um certo conhecido casal bdsmer de uma professora e uma aluna XD

Boa leitura! ^^

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Os pensamentos na irmã se tornavam um pequeno grande tormento durante cada dia ausente já há algumas semanas, mas para Adora, parecia uma eternidade cuja culpa em vez de diminuir, parecia aumentar cada vez mais. A distância era algo difícil de lidar e apesar de saber que provavelmente a irmã mais velha estava feliz vivendo a própria vida e ao lado de alguém que valia realmente a pena; não podia deixar de puxar certa responsabilidade para si. Além de também não poder esquecer que nem tudo havia ficado cem por cento resolvido entre elas, quando Mara a acusara de ainda ser controladora. Aquela mágoa bateu em seu âmago como uma lâmina a perfurar a carne já ferida, e precisava de cura, mas antes disso, precisava de uma acareação com a advogada. Teria de olha-la nos olhos e dizer o quanto havia sido magoada por suas palavras desmedidas, mas infelizmente, agora dependia do retorno de Mara. Datas não haviam sido preestabelecidas, poderia ser um mês, dois ou um período mais longo? A priori, a única coisa devidamente acertada era de que a herdeira mais nova dos Grayskull sempre que pudesse, supervisionasse o andamento do trabalho na empresa da família. E para isso, Mara orientara-a a manter contato com Razz, a secretária de seus quase 60 anos. Não era um problema para Adora, pois ser professora em Bright Moon não demandava tanto de seu tempo, voltara a se organizar tão logo seu relacionamento com Catra avançou mais um passo, tornaram-se noivas.

O novo status ainda não tinha chegado oficialmente aos ouvidos de SW e isso era algo que lhe preocupava minimamente e teria de discutir com a noiva logo mais. Suspirava na janela do condomínio, fitando o céu claro de uma manhã de quarta-feira. Com a chegada do segundo semestre, alguns de seus horários haviam sido reformulados e ela ganhara uma folga no quinto dia útil da semana. Sentia falta de intimidar Catra nas aulas, agora que era professora de Inglês Instrumental II e só tinha mesmo duas aulas por semana na turma dela. Por um instinto, brincou com o cadeadinho dourado que fechava sua coleira no pescoço, e riu boba. Havia perdido a aposta na Mansão Grayskull. Sua irmã havia sido uma devassa e transara com Scarlet naquela noite chuvosa. Não era um problema ser escrava da Senhora Felina, muito pelo contrário, a fazia sentir ainda mais amor e admiração pela sua parceira. Assim como ela, Catra aprendia rápido e o trato ficava cada vez melhor em suas cenas e brincadeiras típicas.

Brincou com o cigarro entre os dedos, o vício ainda era um pouco forte e acabou não resistindo à tentação. Embora tivesse notado que Catra, por sua vez, parecia lutar para pelo menos diminuir o ritmo de fumo. Mas Adora ainda não se sentia totalmente compelida como ela. Não sabia seus motivos, mas os seus próprios ainda a instigavam a fumar, ela estava morta de saudades da irmã e tentando enterrar a mágoa mal compreendida pelos últimos dizeres de Mara antes de sair por aquele portão em First Ones.

Após relaxar com alguns tragos dispostos tão lentamente pela garganta e narinas, enfim sentou-se em frente ao notebook, mirou rapidamente o celular na intenção de verificar a diferença de fuso horário para não incomodar a irmã em um momento nada oportuno e decidiu fazer a ligação. Antes que pusesse as mãos no aparelho, o mesmo vibrou com uma deliciosa mensagem de Senhora Felina <3, alegrando um pouco mais o seu dia nublado.

- Hey, my precious slave, need some tasks of yours. (Ei, minha preciosa escrava, preciso de algumas tarefas suas.)

O inglês de Catra beirava certa perfeição e isso nunca deixava de ser uma injeção de ego para a professora. Adora tratou de responder imediatamente, um dos protocolos acordados entre elas, a não ser em certos momentos de urgência, era o de sempre a responder com imediatismo, além do devido respeito. Não que no dia a dia, ela já não agisse assim.