champagne problems

Capitulo 25

Seattle.

Talvez faça um pouco de tempo que não venho cá, eu lembro-me da minha casa antiga aqui, mas a nova não, visto que o meu pai se mudou recentemente. Tirei o cinto do avião assim que pousamos e logo me levantei pegando na minha bagagem de mão, os da classe executiva saiam antes que os demais, então assim foi feito, saí antes e percebi que o avião estava mesmo perto da porta, ou seja, não precisa de um onibus. Comecei a caminhar com a minha bagagem de mão - uma mochila de costas no meu caso – e aumentei um pouco o volume do meu fone, entrei pela as enormes e luxuosas portas de vidro do Aeroporto Internacional de Seattle –Tacoma- .

Olhava os executivos apressados a sairem a correr de um lado para o outro, crianças a chorarem e pessoas dormindo esperando pelo o seu vôo, em um aeroporto se acha de tudo. Fui até a esteira buscar a minha mala e fiquei esperando ela vir, olhei bem para a etiqueta e agarrei na minha mala preta grande.

Sai do meio das pessoas e comecei a andar, olhei para o meio dos motoristas e pessoas com placas na mão e um logo um me chamou a atenção "Alexis Moore" olhei para o homem de terno preto e gravata e sorri ao ver quem era, ele deu um passo a frente e eu comecei a correr até a sua direção, larguei a minha mala no último estante e envolvi meus braços em volta do seu pescoço o puxando para um abraço, ele agarrou-me as costas e logo deixou um beijo na minha bochecha.

"Jon! Que saudades!" eu disse ofegante da minha correria e ele riu enquanto ia até a minha mala e a buscava.

"Srt.Moore" ele disse educamente e eu revirei os olhos "Também fiquei com saudades Lexis" ele chamou-me e eu sorri enquanto deixava um beijo na sua bochecha e caminhavamos para fora.

"Então como anda as coisas em casa?" eu disse assim que entramos no parque do estacionamento.

"A casa fica parada sem você lá" ele simplesmente disse e eu assenti, começamos a andar pelo os carros e não foi dificil reconhecer o do meu pai, visto que era branco e grande.

"Sempre estravagante" eu resmunguei e Jon riu. Jon era um dos empregados do meu pai, mais segurança e motorista meu – expecificamente – ele era alto, com a pele branca e os olhos castanhos, o seu cabelo era claro mas nem tanto, e nem preto, era a combinação perfeita, ele tinha algumas mexas naturais mais claras que o cabelo o que o deixava mais jovem e lindo, Jon tinha apenas 25 anos e era o funcionário mais novo do meu pai.

"Pensei que a doce Lexis já se tinha acostumado" ele riu enquanto abria a porta do carro e eu deslizava para o assento de couro gelado. Seattle não estava trão frio do jeito que eu pensava, mas não estava nem um pouco quente, o que não facilitava,  esperei que Jon entrasse no carro e ligasse o aquecedor e me afundei no banco. Era cinco horas da tarde agora e provavelmente Valerie estaria por sair da sua escola.

"Seu pai ficou animado a semana inteira" Jon disse depois de um tempo em silêncio e eu sorri.

"Eu juro que hoje fiquei com tanta preguiça que pensei em desistir de pegar o vôo" ele riu.

"Sempre a mesma Alexis Moore" ele parou em um farol e ficou me olhando. Jon, sempre foi mais o meu amigo do que um simples motorista, meu pai não apoiava muito o meu relacionamento com o Jon e quase o despediu, mas acho que ele já utrapassou isso.

Seria mentira se eu falasse que eu e Jon não tentamos ficar uma fez, eu tinha dezesseis anos e ele tinha acabado de ser contratado, então eu tinha sido rejeitada por um garoto e ele foi me consolar e eu quase fiquei com ele, mas bem, o meu pai chegou bem na hora e me puxou. Foi basicamente isso.

"Bom, mas é a verdade! Eu também estou super ansiosa por ver o meu pai, mas eu fiquei com preguiça de acordar cedo" eu resmunguei e ele riu. O farol abriu e assim ele começou a passar pelo as ruas desconhecidas por mim.

"Eu falei para ele reservar mais tarde" Jon deu de ombros e me manti calada.

"Aonde o meu pai comprou a nova casa?" olhei para fora da janela e pude ver o arco de arvores que se formava por cima da nossa cabeça. Parecia outono, conseguia ver as diversas flores caidas no chão.

"Um pouco mais para frente" eu apenas assenti e apoiei minha cabeça no vidro, senti o meu celular vibrar e vi o nome de Luke acender no crã, sorri enquanto apertava o botão de atender.

"Alexis?" a sua voz parecia sonolenta.

"Hey Luke"

"Bom, você foi embora e apenas me deixou um bilhete? Sério?" a sua voz estava um pouco magoada.

"Não queria te acordar, você parecia cansado"

"Mesmo assim, eu queria ter te levado no aeroporto porra" ele resmungou e eu pude sentir o meu coração ficar em chamas ouvindo as sua declaração.

"Você pode me pegar no aeroporto quando eu chegar ai"

"Pois" pude sentir ele revirar os olhos do outro lado da linha. "Chegou bem? Quem está te levando?" a sua voz parecia cansada mas mesmo assim preocupada.

"Hm, sim cheguei bem, estou com Jon, meu motorista, entre aspas" eu olhei para Jon que estava focado com o olhar na estrada.

"Jon? Ele é novo?" eu ri com o seu comentário chamando a atenção de Jon.

"Ele tem um pouco mais de vinte anos"

"Hm, sim" ele ficou em silêncio até ouvir o seu bufar do outro lado da linha.

"Ciúmes Hemmings?" eu brinquei e pude sentir ele sorrir do outro lado da linha.

"Não, porque eu sei que você é minha" pude sentir cada veia do meu corpo pegar fogo e meu corpo entrar em choque ao ouvir as suas palavras, eu sorri abertamente e mordi o meu lábio. "Só não quero que ele te toque" o seu tom pareceu rude e eu neguei com a cabeça mesmo sabendo que ele não podia ver.

"Ele não o vai fazer" eu suspirei e logo ficamos em silêncio.

"Irei voltar a dormir babe, aqui é bem tarde" eu sorri apenas por Luke ter acordado do meio do seu sono para falar comigo.

"Tudo bem, até logo Luke"

"Até babe" ele encerrou a chamada e eu deixei um suspiro sair dos meus lábios, coloquei o celular em cima das minhas pernas e pude sentir um pequeno constrangimento entre eu e Jon.

"Seu namorado?" Jon falou e eu o olhei. Eis a questão, eu e Luke nos odiavamos até pouco tempo, agora simplesmente andamos os dois juntos,  eu de algum modo criei um sentimento por ele que eu não sei bem o que dizer, pode-se dizer que eu gosto dele, mas também o odeio, é algo tão complicado.

"Não sei" murmurei e Jon apenas assentiu enquanto ele virava em uma curva.

XX

Oi AMORES da minha vida, como vão? Bem, eu estou indo. Tentei fazer o melhor capitulo que pude, me desculpem se ficou mal. Eu falei que não demorava não é? Então aqui está! Obrigada imenso por todos que me deram Parabéns e me deram força nesses dias, eu amo a cada um de vocês! Espero que estão todas bem, mesmo com todas essas coisas! Eu amo-vos imenso.