Capitulo 34

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Queria poder falar que dormi a noite inteira, que descansei do meu voo, mas a verdade é que eu não consegui dormir mais de duas horas com o barulho da festa na casa, e com a voz repetitiva de Michael falando que eu deveria falar com Luke. São cinco horas da manhã e a música acabou de tocar, eu estava ficando louca com aquele som de rock. Algumas vezes na noite pude ouvir Nickelback, e isso só me fez lembrar mais do filha da puta de cabelos loiros e olhos azuis.

Em uma determinada hora da noite eu me pegava em pé no meio do quarto, circulando por ele e pensando em todas as palavras, em todas as coisas que aconteceram em menos de 24 horas. Me pegava rodando de um lado para o outro da cama, em busca de sono e paz, me pegava pensando como seria tudo isso se eu apenas tivesse ficado em Seattle. Virava de um lado para o outro na cama, e olhava para o teto, até que uma hora da noite eu me toquei que eu não sentia falta de sono, e sim falta dele, de Luke. 

Olho para o relógio e vejo marcar cinco e quarenta da manhã, me levanto rapidamente da cama e vou para o banheiro, ao me encarar no espelho tomo um pequeno susto com a minha aparência. Eu tenho grandes nodoas roxas abaixo dos olhos, e os lábios secos, meu olho está levemente raiado de sangue em volta e parecem mais claros que o normal, como se expressassem os meus sentimentos. 

Jogo um pouco de água no meu rosto e prendo os meus cabelos negros, o pijama que eu tenho no corpo é decente o suficiente para poder andar pela a casa. Saio do quarto e rapidamente me arrependo. Alguns corpos estão caídos no chão, depois de uma longa noite de festa e milhares de copos estão espalhados, e esse é um dos poucos momentos na qual eu odeio estar em uma casa de fraternidade.

Ando por entre os corpos e chuto alguns copos, as poucas pessoas que estão acordadas resmungam coisas sem sentidos, eu fico de frente da porta de Luke e sinto as minhas mãos suarem, eu não deveria estar nervosa. 

Toco na porta de seu quarto e espero mais alguns minutos, nada, volto a tocar e novamente nada, me viro frustada de costas e ouço a sua voz rouca murmurar. 

"Alexis?" ele chama e eu me viro. 

"O que você ia falar?" nesse momento eu vejo o rosto de Luke se transformar em uma carranca. 

"São cinco horas da manhã, me dê paz, Alexis" ele pede com a voz sonolenta. 

"Eu também preciso de paz, mas eu nunca irei ter se você não falar" eu cruzo os braços e fico o encarando.

"Entra logo" ele resmunga enquanto passa a entrar novamente no quarto, eu entro logo atrás dele e vejo o seu quarto arrumado, o que é uma raridade vendo bem. 

"Eu não dormi a noite inteira" eu falo assim que sento na sua cama. 

"Tenho certeza que foi por causa da música" ele me lança um sorriso sínico e eu reviro os olhos. Ele com certeza está com má disposição por acordar cedo. 

"Também" eu dou de ombros "Mas ainda assim por Michael falou que deveria te dar uma chance de explicar" eu respiro fundo. 

"O que adianta eu explicar?" ele olhou-me duramente e quase pude sentir o meu corpo tremer. 

"Adianta eu saber a verdade" eu confesso e ele ri ironicamente, como se já soubesse a minha resposta. 

"Não adianta qual seja a verdade, sempre iremos acreditar no que vemos, por mais convincente que pareça o meu discurso" ele fala pausadamente como se eu fosse uma criança e eu me encolho. São essas frases de reflexão que Luke fala que eu fico me perguntando se eu realmente o conheço. 

"Você tem razão" eu concordo e ele apenas caminha para o banheiro "Mas isso não quer dizer que eu ainda não quero ouvir o que você tem a falar".

"Ela estava me olhando no sofá, eu estava sozinho e em um estado alterado, você estava do outro lado do mundo e eu me senti sozinho, completamente vazio por dentro, então eu tive um desleixe de deixar eu ser o cara antigo, que precisava de uma a cada noite para se sentir completo por algumas horas, e então você chegou e viu" ele respirou e eu senti uma adaga se afundar em meu peito "Mas tudo aquilo só aconteceu por saudades da minha metade" ele disse respirando fundo e por momento a adaga foi retirada calmamente no meio peito me aliviando da dor, mesmo a sentindo ali presente, pronta para ser catucada e doer novamente. 

"Bastava você ter bebido" eu resmungo. 

"Bom, eu já te falei, e me desculpe se eu te desiludi com as minhas palavras, porque eu realmente não iria falar que ela deu em cima de mim e me agarrou sem eu querer, porque isso seria mentira, e eu não sou um mentiroso" ele vai até a porta do quarto e a abre para mim "Porque, quando um não quer, dois não fazem" ele me oferece um sorriso sínico e eu me levanto. Caminho novamente até a porta e me apoio no batente, olho fixamente os seus olhos azuis cansados. 

"Então pare de mentir sobre estar bem e feliz, porque esse seus sorrisos já não enganam mais ninguém" eu murmuro "Principalmente eu, que estou traçando uma linha com você" eu saio do quarto e espero até ouvir o barulho da porta se fechar, mas ele nunca chega. Eu olho para trás e posso ver os olhos cansados de Luke me fitarem, então algumas simples palavras saem da sua boca, como se fossem tiros no meu peito, eu respiro fundo até então, finalmente eu me sentir encurralada sobre as paredes do meu coração, o que eu deveria fazer diante de algumas míseras seis palavras?. Eu o olho fixamente e ele volta a repetir mais uma vez, como se soubesse que eu não tinha realmente ouvido bem. 


"A sua falta quase me matou"  ele sussurra como um segredo e me olha nos olhos, afim de achar algumas respostas. 

"Ainda bem que sentimos o mesmo" eu me viro e ando até o meu quarto, não sem antes olhar em seus profundos olhos azuis cristais, que já não parecem mais sonolentos. 


XX

OI OI!! ME DESCULPEM A DEMORA, EU NÃO ACHAVA INSPIRAÇÃO, NÃO ACHAVA BOSTA NENHUMA PARA ESCREVER E EU DEMOREI CINCO DIAS PARA ESCREVER ESSE CAPITULO ME DESCULPEM POR ISSO!!! ME PERDOEM MESMO, EU VOS AMO DEMAIS!!! POR FAVOR VOTEM E COMENTEM, E OBRIGADA AOS 360K DE LIDOS AMORES, NEM SEI COMO AGRADECER!!!! OBRIGADA. 


Agatha xx

champagne problemsOnde histórias criam vida. Descubra agora