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STELLA BACKER
20| CAPÍTULO VINTE
Cuidar do Arthur não foi um bicho de sete cabeças, foram dez. Eu literalmente não sirvo para cuidar de crianças. No começo eu pensei, por que não? E eu já sabia a resposta, porque eu detesto crianças.
O choro me irrita, o respirar me irrita, o grito me irrita, o cocô me irrita, a baba me irrita e a bagunça me irrita.
Arthur não é uma birrenta, mas também não é uma criança da qual eu gostaria de cuidar. Que no caso seria, a criança muda.
Passamos o dia seguinte com ele, demos comida, trocamos as fraldas e fomos comprar roupinhas e brinquedinhos para ele no shopping.
Foi bom, por um momento eu e o Aaron éramos pais adolescentes de uma criança linda.
De noite quando voltamos, Elena estava esperando. Seu rosto estava inchado e vermelho, ela fungava e pedia desesperadamente para que devolvemos o filho dela. Aaron recuou mas entregou o filho, afinal ela era a mãe dele.
Ele não teve muita escolha.
Elena disse que sentia muito e pediu desculpas, disse que é difícil criar um filho sozinha e ela abominava o fato de ter que cria-lo sozinha.
Eu não acreditei em meia sílaba que saiu de sua boca, mas apenas assenti com a cabeça e ficou por isso mesmo. Ela foi embora com Arthur e ficamos sozinhos novamente.
𝟥𝟢/𝟣𝟢 Hᴀʟʟᴏᴡᴇᴇɴ
Hoje finalmente seria a festa de halloween, eu estava eufórica. Festa de halloween é literalmente a minha perdição. Não pela comemoração, Deus me livre. Mas sim pelas fantasias, a decoração e o clima. No halloween a neve caindo, as casas e apartamentos enfeitados com decorações horripilantes e extremamente lindas. A diversidade de fantasia e a criatividade das pessoas.
