Cap 7: Do amarelo ao vermelho

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Mãos fortes seguram meus braços tentando dominar. Debato, luto e forço na esperança de me libertar. Sou arremessada ao chão com violência. Sinto o coração acelerado, a respiração falha e olhos fundos gélidos me encarando. Ouço gritos, reclamações e xingamentos. Alguém alto e com varinha em mãos se expressa com fúria avançando até o canto escuro da sala, onde me encontro aterrorizada desejando sair dali a todo custo. Noto sua mão se aproximar do meu rosto rapidamente até que...

   Desperto suada, ofegante com os cabelos bagunçados e o sol iluminando o quarto. Me acalmo e noto que o sonho nada agradável tomou parte da minha manhã já que as meninas não estavam mais no quarto. Levanto para me arrumar o mais rápido possível e descer para o café. Corro pelas escadas empolgada porque hoje finalmente é o jogo da Lufa-Lufa contra a Grifinória.

   Aceno para os grifinórios na mesa ao lado que provocam o time adversário com frases ridículas. Sério... me mamem aqui, na moral. Sento com minhas colegas de quarto, que assim como eu, carregam em mãos o uniforme para o jogo que seria em algumas horas.

   Mal começo a comer e Hera, a minha coruja, chega totalmente perdida e me entrega uma carta: Sirius Black para Ana Black. Começo a abrir super empolgada. Não falo com meu pai a um tempo. Hera bica o bolo no meu prato e vai embora na maior cara de pau. Ela sabe que eu odeio isso.

   Leio a carta com pressa querendo saber as novidades.


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   Fico feliz em saber que ele está bem, mas acho estranho o fato dele ir a um trabalho e não me falar o que é. Sempre em alguma missão para ajudar o Ministério ou algo com o Tio Lupin ele se preocupa em explicar o motivo da ida mas se não disse é porque não devo me preocupar.

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   Vou com as meninas ao vestiário. Colocamos o uniforme, prendemos os cabelos e nos preocupamos em fazer a maquiagem mais amarela possível. As arquibancadas começam a encher, pessoas com faixas e apitos se posicionam para torcer. Noto que a equipe da Sonserina se une aos outros torcedores, lógico que estão lá para secar a Grifinória e torcer para que percam.

   Nos alongamos, repassamos para as outras cada movimento, posição e nos preparamos para entrar em campo. Os jogadores começam a sair do vestiários e por Melin- Ronald Weasley com aquele equipamento... Como que torço pra minha casa?

   Com um sorriso tímido ele vem até mim arrumando o próprio uniforme.

   - "Está pronta, ruivinha?" - ele fala com a maior cara de cínico.

   - "Ah, por favor, eu sempre estou pronta, mas você parece que vai cair duro já já" - falo limpando o suor da testa dele.

   - "Meu Deus! Dá pra notar? Eu tô me cagando, Ana! A gente tem que ganhar! Porque o próximo jogo é contra a Sonserina. Nossa, perfeição seria chutar o Draco."

Amor Laranja - Ronald WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora