SINOPSE
Dona de uma carreira brilhante, aos 27 anos, Vivian Brown é conhecida pelo seu talento implacável de resolver problemas. Advogada mais do que renomada dentro do Direito Empresarial, não há ninguém mais indicado em toda Manhattan para defende...
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Depois da visita da Katherine fiquei fervendo os meus neurônios tentando achar um jeito de mostrar a Vivian que eu mereço uma segunda chance. E sabe o que é pior, queimei os meus neurônios à toa, pois não consegui pensar em nada que me ajudasse de fato, além de não conseguir mais me concentrar no meu trabalho.
Olho para o relógio e para os croquis inacabados em minha mesa e desisto de tentar, pelo menos por hoje. Arrumo a minha mesa, pego as minhas coisas e saio do meu escritório um pouco mais cedo do que o meu horário habitual. Sigo para o estacionamento do prédio e pego o meu carro, só que decido não ir para casa, vou passar no pub para beber algo e quem sabe acalmar o meu coração, o que eu duvido muito já que Vivian Brown povoa os meus pensamentos.
Em poucos minutos desci em frente ao pub e entro no local. Para a minha surpresa ele não mudou muita coisa desde a última vez que estive por aqui. Vejo que o lugar ainda se encontra com poucas pessoas, me sento no balcão pedindo um dry martini e logo o bartender traz o meu pedido, e saboreio o rei dos coquetéis de origem italiana.
[...]
Já estava indo para a minha quarta taça quando os meu olhos se prendem a uma mesa específica, e ela estava linda como sempre. Me aproximo e assim que me ver é perceptível o seu espanto.
-Oi. Digo.
-Oi. Ela me responde não demonstrando nada além de uma calma e um sorriso lindo nos lábios.
-Será que podemos conversar? Pergunto.
-Sim. Diz ela bebendo a sua bebida.
-Não sabia que gostava de cerveja!
-Aprendi com o Harry, assim como ele aprendeu a beber whiskey comigo. Diz ela dando de ombros e dando mais uma golada em sua bebida.
Um silêncio se fez presente entre nós. Eu estava nervosa, não sabia se era por conta da bebida ou pelo simples fato da Vivian permitir a minha aproximação, mas eu não sabia como me portar já que a minha vontade era de tê-la em meus braços e ser sua novamente.
-Você parece nervosa. Está acontecendo alguma coisa? Pergunta ela me fitando com ternura.
-Podemos ir para o meu apartamento? Pergunto e ela me olha com surpresa.
-Assim, sem pagar um sorvete antes? Diz ela em seu habitual humor, só não sabia se era por conta da bebida.
-Eu não me sinto confortável em conversar aqui, e depois daquele dia, nós precisamos conversar.
-Tudo bem. Diz ela.
Ela se levanta, vira o seu copo de uma vez, deixando algumas notas a mais para o garçom em cima da mesa, faço o mesmo e seguimos até a saída.
-Eu vou te seguindo. Estou de carro. Diz ela.
-Tudo bem. Assinto.
Entro no meu carro e sigo até o meu apartamento que não era muito distante dali. No caminho se passavam mil e uma coisas em minha cabeça, eu tinha pensando em inúmeras maneiras de falar e convencer aquela mulher a ficar comigo, mas nenhuma parecia o suficiente. Chegamos no prédio, estacionamos os nossos carros e subimos o elevador em um silêncio quase mortal, a Vivian parecia bem entretida com o que quer estava fazendo em seu celular e eu só sabia reparar na mulher ao meu lado.
