SINOPSE
Dona de uma carreira brilhante, aos 27 anos, Vivian Brown é conhecida pelo seu talento implacável de resolver problemas. Advogada mais do que renomada dentro do Direito Empresarial, não há ninguém mais indicado em toda Manhattan para defende...
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Já faz três dias que estou de volta à Itália e pensei que isso iria de alguma forma me trazer paz, mas não. Estou no quarto trancada olhando para o teto, eu pensei que já tinha esgotado todas as lágrimas que habitavam em meu corpo, mas não. Me sinto devastada, e não sei que horas foi que eu comecei a chorar, só sei que não consigo parar. Nunca imaginei que teria tantas lágrimas e sabem o que é pior? A culpa de todo esse meu sofrimento foi eu mesma que causei.
É eu fui uma completa idiota e a deixei para trás, e fui fraca e covarde a ponto de não falar com ela cara a cara, deixei uma carta, uma maldita carta terminando tudo.
Eu... Eu... Arg! Eu não teria coragem de olhar dentro daqueles lindos olhos verdes e terminar tudo, eu não conseguiria. Eu estou tentando ser forte mas está sendo insuportavelmente impossível. Não tem um maldito dia em que eu não me amaldiçoe pelo meu comportamento imaturo, ela é mulher demais para mim. Soco o travesseiro numa tentativa falha de aliviar a dor que sinto.
-Se sente melhor? Tomo um susto ao ver minha mãe parada na porta do meu quarto.
-Não! A respondo.
-Filha por que você...Levanto a minha mão não a deixando completar a frase.
-Eu não mereço nada que venha dela, eu fui uma completa idiota mãe, uma covarde! Digo caindo no choro mais uma vez.
-Não precisava ser desse modo e você sabe disso!
-Eu sei mãe, mas eu não teria força para terminar com ela. E eu preciso focar na minha carreira.
-Ainda assim minha filha, vocês poderiam arranjar outro jeito!
-Eu não quero ser um peso morto na vida de ninguém!
-Deixa de falar besteira menina!
-Eu quero que vocês tenham orgulho de mim!
-Eu nós já temos meu amor. Eu e o seu pai estamos muito orgulhosos de você.
-Você vai ver mãe, as pessoas vão vibrar quando escutar meu nome e eu vou ser tão importante quanto a Vicki e o papai são.
-Minha filha não sei porque se cobra tanto sobre isso. Nós já falamos a você que isso..
Mãe, por favor, me deixe sozinha! Peço e ela assentiu me deixando um beijo na testa.
Vejo o meu celular tocar e logo atendo, eu já sei quem é, e não adianta mais fugir.
-Oi. Digo engolindo o choro.
-Oi? Sério? Que porra você tem na cabeça? Grita a Vicki do outro lado da linha.
-Eu estou bem, se é isso que você quer saber.
-Eu sei que está bem, quer dizer, eu não sei de caralho nenhum porque você sumiu, simplesmente decidiu ir embora da noite para o dia.
-Foi melhor assim. Digo secando uma lágrima teimosa que teima em cair.
-Ah não me venha com essa ladainha Mia. Melhor para quem? Acredito que nem para você, percebo que não está bem pela sua voz.
-Vicki...
-Vicki uma porra! Você não quer ser tratada como adulta? Então aja como tal e arque com as consequências dos seus atos. Que merda você tem na cabeça? Fica difícil lhe defender.
-Eu não quero que você me defenda! Falo.
-Eu sabia que esse namoro com a Vivian não daria certo.
-Ela não tem culpa de nada.
-Eu sei, a Vivian pode ser o que for, mas ela nunca faria algo desse tipo com você.
Escutar seu nome dói, é como se vários cacos de vidros estivessem sendo inseridos em meu coração.
-Como ela está? Pergunto e um silêncio se faz. -Vicki por favor! Suplico.
-Não me coloque nesse papel, eu amo vocês duas. Mas o que você fez, a maneira como você fez...isso...
-Me desculpe, me desculpe.
-Não é a mim que você deve desculpas. Eu não queria estar no meio disso, mas estou. Então saiba que não irei passar pano para o que você fez, mas também não irei lhe crucificar, creio que já esteja fazendo isso por si só.
Dito isso ela desliga o telefone sem me dar chance de resposta, mas também o que eu iria lhe responder, que estraguei tudo? Já que eu escolhi assim eu tenho que arcar com as minhas escolhas. E se eu quiser fazer o meu nome eu tenho que começar agora, então decidi me dedicar a criar diversas coleções e começar a erguer o meu pequeno império.
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