FLOWERS BY YOU, starchaser | ✔

• the first petal •

Sonhei que encontrei você em um lindo campo de rosas.

Você sorriu para mim enquanto eu segurava sua mão estendida e foi aí que eu percebi...

Eu te amo.

De verdade.

Mesmo depois desse sonho tão agridoce...

Mesmo depois que acordei sozinho, com as lágrimas caindo dos meus olhos...

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Eu queria começar essa história falando de coincidências. Mas não de um jeito clichê.

Vamos falar de como coincidências são muitas vezes subestimadas por nós. De como muitas vezes não prestamos atenção nos detalhes que nos ligam às outras pessoas.

Algo que Regulus sempre achou curioso, é que ele sempre percebeu esses detalhes que ligavam James a ele de alguma forma.

Ele se lembrava exatamente do dia em que o conheceu.

Se lembrava de ter onze anos na época e James treze. Se lembrava dos olhos castanhos intensos e do sorriso levado. Se lembrava dos cabelos cacheados e muito bagunçados, do óculos que insistia em descer pelo seu nariz arrebitado e das covinhas em suas bochechas cada vez que ele sorria.

Mas ele também se lembrava do frio que sentiu na barriga e de como suas mãos suaram.

Naquele dia ele não reconheceu os sinais, afinal, Arcturus era muito novo e não entendia nada sobre a vida.

De um jeito natural, ele meio que acabou percebendo as dezenas de coincidências que faziam parte da vida deles. E de certa forma, parecia que tudo conspirou para que o encontro deles acontecesse.

E isso sempre o faz pensar que essas coincidências talvez não fossem somente coincidências. 

Desde que se tornaram amigos, James sempre foi capaz de iluminar seus dias, embora Regulus nunca tenha previsto ou escolhido isso.

Foi simplesmente algo que aconteceu.

James sempre foi capaz de amenizar qualquer dor e tornar tudo mais leve e menos complicado. Ele acabou se tornando tudo o que existia de mais importante no seu mundo. Ele era como a sombra de uma árvore onde Regulus poderia descansar tranquilamente.

Regulus tentava entender essa capacidade dele, mas achava que o mistério fazia parte da beleza de James.

Pela primeira vez, ele não precisou pesar prós e contras, seus apegos e suas vontades, porque ele só conseguia e queria ficar alí ao lado do melhor amigo de seu irmão.

A princípio, ele não pensava que Potter se tornaria tão importante, tão essencial e vital em sua vida. Mas quando ele se deu conta, James já havia se tornado tudo isso. Ele já havia se tornado grande parte das respostas que Regulus queria obter e ao mesmo tempo o instigava a fazer novas perguntas.

Ele sabia que James nunca seria capaz de corresponder os seus sentimentos, mas ainda assim, ele jamais conseguiu sair do seu lado.

No final, a direção que Regulus queria seguir, seria sempre para onde ele pudesse enxergar James Potter.

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Regulus passou a mão pelo cabelo pela vigésima vez naquela noite enquanto voltava para a Comunal da Sonserina.