FLOWERS BY YOU, starchaser | ✔

• sunflowers •

Nunca lhe confessei abertamente o meu amor mas, se é verdade que os olhos falam,

até um idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonado.

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Era amor.

James sabia que era amor, pois todos os dias ele pensava em Regulus mais do que era considerado normal.

Ele sabia que era amor, não porque ele já o amava antes, mas sim porque todas as vezes que ele estava sozinho com Regulus, ele começava a planejar a sua vida inteira ao lado do outro garoto.

No entanto, ele sabia que não seria fácil. O amor é complexo, tanto pela forma de demonstrar, quanto na forma de sentir. Ele é um sentimento que machuca, tanto de uma forma boa quanto de uma forma ruim.

Mas quando James olhava para Regulus, ele sabia que o amor que ele sentia por seu amigo, seria brisa, seria calmaria.

Regulus era como os versos e poesias que ele lia e num mundo tão empenhado em despedaçar as pessoas, James só queria se sentir protegido nos braços daquele por quem estava apaixonado.

Afinal, Regulus Black era seu lar...seu porto seguro.

Então algumas semanas depois de voltarem para Hogwarts, James ficou olhando estático para o fogo da lareira da Comunal da Grifinória, enquanto roía suas unhas.

Ele estava se sentindo desesperado e seu coração batia tão doido no peito que nada parecia fazê-lo se acalmar.

Toda vez que ele pensava no beijo entre Regulus e ele na virada do ano, ele ficava daquele jeito. E quando ficava perto do outro garoto, ele tinha uma vontade insana de beijá-lo sem ter hora para parar.

Mas como chegar para o seu amigo e falar que está perdidamente apaixonado por ele? Como confessar que Regulus sempre foi tudo o que ele quis e desejou?

E ele, que tanto criticou Sirius no passado por não ter confessado logo de cara que era apaixonado por Remus, agora provava de seu próprio veneno.

Merlin! James estava a ponto de enlouquecer.

E a única pessoa que o impedia de enlouquecer era Regulus.

James suspirou e se levantou do chão depois de horas que já estava lá. Ele precisava se acalmar e precisava ver Regulus.

Ele subiu até o seu quarto e pegou o Mapa do Maroto.

- Eu juro solenemente não fazer nada de bom! - Ele falou baixinho para não acordar seus amigos e logo em seguida, procurou o nome de Regulus entre tantos outros nomes que tinha ali. Não foi difícil achá-lo uma vez que estava na Comunal da Sonserina em seu próprio quarto.

Seus passos foram cautelosos até seu baú e ele o abriu sem que fizesse qualquer barulho. Ele se cobriu com a capa e saiu em direção a Comunal da Sonserina.

Durante todo o percurso, ele foi pensando no que deveria fazer e no que deveria falar.

Primeiro, ele se conhecia muito bem ao ponto de saber que não conseguiria guardar aquele sentimento só para si por muito mais tempo. Ele estava apaixonado... verdadeiramente apaixonado.

Segundo, ele tinha medo que Regulus nunca mais fosse querer vê-lo caso ele se declarasse. Contudo, ele conhecia seu Reg melhor do que ninguém e sabia que ele jamais faria uma coisa dessas.

Esse pequeno pensamento, o fez sorrir e ele continuou seu caminho.

Quando James chegou na Comunal, ele esperou que algum aluno voltasse de seu passeio para que ele pudesse entrar.

Dessa vez ele seguiria os conselhos de Regulus de esperar alguém falar a senha, ao invés de invadir a Comunal deles e explodir todo o lugar igual da última vez.

Enquanto ele esperava, ele teve uma ideia. James se lembrou que Regulus amava girassóis e com um gesto sutil de sua varinha, um lindo buquê daquelas flores surgiu em suas mãos.

- É...eu estou perdidamente apaixonado por você, baby Black. - Ele sussurrou para as flores com um sorriso bobo enfeitando seus lábios e se sobressaltou quando um aluno da Sonserina falou a senha rapidamente e entrou na sala. Por pouco, ele não conseguiu entrar.

Regulus já havia levado James até seu quarto algumas vezes, então ele se lembrava do caminho como se estivesse indo para o seu próprio quarto.

Ele entrou no cômodo silencioso completamente feliz. James notou que Regulus não estava dormindo, mas ouviu um barulho vindo do banheiro do garoto.

James tirou a capa de cima de si e caminhou devagar com o buquê em mãos e um sorriso confiante no rosto. Seu peito subia e descia rapidamente devido a respiração acelerada por conta de sua ansiedade.

A porta do banheiro estava entreaberta e James teve um vislumbre de Regulus sentado na borda da banheira. No entanto, ele não esperava ver o que viu quando Regulus retirou seu casaco do pijama, deixando seus braços expostos.

Seus olhos se arregalaram para a cena e suas mãos tremiam tanto que ele não conseguiu segurar por muito mais tempo nem os girassóis e nem a capa da invisibilidade, deixando que ambos caissem no chão de forma silenciosa.

Os braços de Regulus, antes tão branquinhos e sem marcas, agora eram repletos de videiras que saiam de sua pele. Em algumas partes, haviam até mesmo flores...Flores de todos os tipos e cores e Black as podava com uma tesoura de jardinagem enfeitiçada para que ficasse do tamanho de uma tesoura normal.

O estômago de James revirou bruscamente. Seu pânico era tanto, que ele começou a ficar enjoado e suas pernas cederam sob o peso do seu corpo.

Regulus continuou podando as flores e os ramos que saiam de dentro dele como se aquilo fosse uma coisa rotineira e isso fez James pensar que ele deveria estar fazendo aquilo a muito tempo.

Mas porque ele não contou para ninguém? Nem mesmo para ele?

Mas aí ele se lembrou o quanto Regulus era auto suficiente e não gostava de alarmar ou preocupar as pessoas.

James quis entrar no banheiro e perguntar o que era aquilo, mas ele não conseguiu se mover.

- O que diabos está acontecendo com você, Reggie?

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Era para mim ter postado esse capítulo curtinho só no começo de fevereiro, mas resolvi postar antes porque os próximos capítulos serão um pouquinho maiores rsrsrs

Espero que estejam gostando ❤️

Bjinhos 🥰