Capítulo 16

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[não revisado]

amanhã vou postar mais 2 ou 3 capítulos, fiquem tranquilos kkkkkk tudo vai dar certo!

Boa Leitura!

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"Eu posso pedir desculpas demais

Desnecessariamente nervosa

Eu sinto cada maldita coisa de novo

O som do seu nome é como um corte"


-Ninguém vai embora! - Thais gritou dando fim a discussão entre Juliette e Sarah. Após acalmarem os ânimos, ou tentarem, Sarah aceitou voltar para o apartamento das amigas e encontrar Juliette novamente. Mas a morena insistiu que não ficaria ali, Sarah então se disponibilizou a sair, dando assim início a uma discussão que não tinha levado a nada. 

- Você... -Apontou para Juliette. -... Ficará aqui pois amanhã terá consulta e a Carla te acompanhará. - Juliette se encolheu e olhou rapidamente para Sarah. -E você... -Apontou para a loira com semblante triste. -Ficará aqui até aprender que quando um médico manda tomar remédios controladamente, você toma. - Sarah revirou os olhos e colocou a mão no quadril. 

-Eu não sei qual foi o motivo que levou vocês estarem em pé de guerra desse jeito, mas eu amo vocês duas do mesmo jeito e não quero ter que ficar entre um bombardeio de indiretas de duas adultas magoadas. -Thais intercalava seu olhar entre as duas, dando o sermão. -E Julie...-A citada olhou para Thais. -... Ficar desse jeito não só faz mal a você como também ao bebê. Conversem como duas mulheres civilizadas que eu tenho certeza que vocês são e Sarah, não ouse fugir. - Sarah assentiu e encarou o chão. Ela sabia que era tudo tempo perdido e temia Lourival descobrir que ela estava se encontrando com sua filha. -Vamos deixar elas a sós. - Thais estendeu a mão para a esposa e pegou as chaves da sua moto.

-Por favor, não se matem. - Carla pediu, esfregou o braço de Juliette e seguiu a esposa para fora do apartamento.

Assim que a porta foi fechada, o silêncio reinou. Sarah continuava na mesma posição, com a mão no quadril e olhando para o chão. Temia mais ainda não conseguir resistir, ficar ao lado de Juliette após semanas sem lhe ver era demais até mesmo para ela. Seu perfume era inconfundível e mexia com Sarah tanto quanto um toque mais ousado.

-Você não precisa fazer nada disso que ela pediu. - Sarah foi a primeira a falar querendo que aquela tortura acabasse logo e ela pudesse fugir para o mais longe possível de Juliette.

-Me perdoa! - Juliette usou de sua coragem súbita para confessar tudo o que estava entalado em sua garganta, todas as palavras que ela deveria ter dito, mas foi medrosa demais. Culpou-se até o último momento por ter dito coisas que machucaram a mulher que ela tanto amava. Aqueles dias foram suficientes para ela ver o quanto era dependente da outra.

Seu pai estava mais feliz que o normal, Rodolffo descobriu sobre a gravidez e passou a ser mais presente quase fazendo Juliette acreditar que ele havia mudado, os preparativos para o casamento foram finalizados, tudo à espera do tão esperado, e muito adiado, dia em que os Matthaus e os Freires formariam uma parceria, ou para os desinformados, Juliette e Rodolffo jurariam amor eterno perante Deus e a mídia. Esses dias também serviram para que Juliette conhecesse mais seu corpo, preocupada com o serzinho que crescia em si. Pra ela, agora, não importava mais quem era o pai ou a outra mãe de seu filho, ele era seu filho e isso bastava. Cuidaria do mesmo com unhas e dentes para que nada de ruim lhe acontecesse.

-Do que você está falando? - Sarah encarou a mulher em sua frente, sentiu sua garganta formar um nó.

-Eu disse coisas que feriram você, mas quero que saiba que não era verdade. Eu amo você, Sarah, e quero muito formar uma família com você. Eu disse aquelas coisas de cabeça quente pois sei o quanto meu pai é cruel. Mas me perdoa! -Se aproximou com cautela, com medo de que Sarah fugisse. -Sei que sou um campo minado, mas por favor não desiste de mim. -Tocou o rosto de Sarah, a mesma sentiu seu corpo se arrepiar ao sentir a mão macia lhe tocar tão carinhosamente. -Sem você eu não sou nada. Aprendi conviver com você e não será fácil esquecer tudo o que você significa pra mim. -Aproximou seu rosto e esfregou seu nariz no de Sarah que fechou seus olhos lutando contra a vontade de beijar os lábios que tanto conhecia e ansiava. -É como se você fosse uma cicatriz. Um momento mágico que no final deixou você e eu machucadas. Não posso te perder porque estarei me perdendo.

The Deal - Sariette (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora