𝘿𝙚𝙨𝙩𝙞𝙣𝙖𝙙𝙖 𝘼 𝙈𝙞𝙢 | 𝘚𝘶𝘱𝘦𝘳𝘤𝘰𝘳𝘱

Prólogo

EUA, Los Angeles

Luthor Holding Enterprises

- Você está demitido. - Falei com um sorriso satisfatório no rosto. - Agora suma logo da minha sala, querido.

- Você não pode fazer isso! - Berrou ele, bancando aquela pose de indignado pra cima de mim. - Não pode se livrar de mim tão fácil assim!

Ele que pensa.

- Não me faça repetir. - O segurei pelo queixo após me aproximar. - Eu não vou tolerar homens folgados e machistas como você aqui na minha empresa. - Enfatizei as últimas palavras com vigor. - Então caia fora daqui, antes que eu chame os seguranças para fazerem isso.

Não sei se eu estava ou não exagerando fazendo isso, mas não ligo. Faz mais ou menos seis meses desde que eu comecei a assumir essa empresa e todos os dias, literalmente todos eles, eu sempre acabo demitindo alguém no final. E a maioria são homens. Os motivos? Bem, eu tenho vários, mas acho que o mais forte deles, seria a raiva intensa que eu sinto, principalmente daqueles escrotos, galinhas e machistas.

Não há muitas mulheres trabalhando aqui na empresa e desde que eu tomei posse de tudo, já entrei com a decisão de que fazeria uma repaginada geral por aqui. Eu quero mais mulheres do que homens. Não suporto trabalhar com eles, quer dizer, na verdade eu até trabalho. Desde que eles obedeçam todas as minhas ordens, que era o que não estava acontecendo.

Foi um choque para todos quando o meu pai, antigo dono daqui, fez uma reunião de urgência para nomear o seu mais novo sucessor. Todos estavam eufóricos, pensando que ele elegeria seu fiel secretário, alguém que está nessa empresa desde a construção dela. Sem exageros. Até que para a decepção deles, eu apareci. Todos já me conheciam, já que quase todos os dias eu vinha trabalhar com o meu pai. Admito que não sou flor que se cheire. Sou bem mandona, perfeccionista e sempre quero tudo de meu jeito.

Minha personalidade é odiada por todos, e não só por aqui. Sou grosseira. Não me importo com o que pensam de mim, então quando vi a cara de tristeza deles, sorri com todo o deboche do mundo. Mas eu sei muito bem que o que mais os incomodou, foi o fato de que uma mulher estaria tomando conta de tudo, e não um homem como o de costume. Nós mulheres sempre somos diminuídas nesse ramo empresarial. E é sempre pelos homens. Por isso eu quero me livrar deles.

- Não vou ir a lugar nenhum!

- Oh, então sem problemas querido. - Sorri novamente e fiz um telefonema depois de me sentar na poltrona. Na poltrona de Chefe. Eu sou a CEO. - Mande dois seguranças até a minha sala imediatamente.

- Sua vadia! - Arregalou os olhos, pasmo. - Você acha que pode tudo só porque está sentada ai nessa cadeira?

Claro que eu posso.

Eu sou a dona.

- Ainda tem dúvidas? - Abaixei o celular e o olhei com uma expressão ameaçadora. - Fora daqui, seu verme.

- Não pode me mandar embora, isso é inadmissível! Eu dediquei muitos anos da minha vida a esse lugar! - Bateu as mãos com agressividade encima da minha mesa. - O seu pai só pode estar louco para ter deixado tudo nas mãos de alguém como você!

- Fora.

Foi tudo o que eu disse e os seguranças entraram aqui logo em seguida. Que ótimo! Eles nem demoraram. Gosto mesmo de muita eficiência.

- Não deixem mais ele voltar aqui. - Ordenei naturalmente, enquanto o observava ser arrastado daqui a força. E ele não parava de berrar. Que cara chato! - Mas caso ele apareça, mesmo que seja na porta, me chamem. Vou adorar humilha-lo na frente de todos.