Estou frustrada.
Que tipo de pai organiza um evento só com noivos para se casarem com a filha? Isso é muito sem noção! Fora o fato de que ele não apoia muito eu ser bissexual, pois se ele apoiasse, também teriam garotas por aqui.
Não sei por quanto tempo fiquei observando a vista. Estou me sentindo até meio sonolenta. Queria voltar para a "festa", mas logo mudei de déia ao me recordar do que me aguardaria lá novamente. Acho que vou ligar para o meu motorista e ir embora daqui sem o meu pai saber. Amanhã eu aguento os sermões dele, por hoje só quero descansar. Estou muito cansada do trabalho.
- Srta. Luthor? - Ouvi alguém atrás de mim e me virei, me deparando com a presença de um homem. - Por que está aqui sozinha?
Ótimo, um intrometido.
- Só vim tomar um ar.
- Posso te fazer companhia?
- Não. - Respondi curta e grossa e voltei a ficar de costas. - Então sai daqui.
- Mas não é muito bom ficar sozinha. - Insistiu ele. - Quero conversar com você e te conhecer melhor.
- Dispenso.
- Não banque a difícil.
Bancar a difícil? Depois me perguntam porque eu odeio os homens. Esses vermes nunca aceitam um não.
Será que é estranho demais o fato de eu ser bissexual ao mesmo tempo em que eu odeie os homens? Às vezes me pego pensando nisso e me sinto terrivelmente confusa.
- Fora daqui.
- Qual é, nós estamos completamente sozinhos aqui! - Senti sua mão na minha cintura e me virei para esbofeta-lo, mas ele foi mais rápido do que eu e me segurou pelo pulso. - Eu sempre te achei muito gostosa. Deixa essa pose de mulher difícil de lado e vamos nos divertir.
- Sai, me solta!
Tentei me livrar de suas mãos, só que ele é mais forte do que eu. E também não é tão jovem. Deve ser o pai de um daqueles rapazes. Apenas mais um desgraçado que gosta de se aproveitar das mulheres e depois sair por ai se vangloriando disso.
- Não sem te beijar antes. - Sorriu ele, iniciando alguns beijos no meu pescoço. Ele está apertando demais o meu pulso, mas mesmo assim, consegui usar os joelhos e acertar suas bolas. - Porra! Sua vadia! - Berrou com as mãos sobre a calça. - Volta aqui! Você não me escapa!
Aproveitei e corri o mais rápido que pude em direção as escadas, mas acabei caindo no meio do caminho por causa dos meus saltos. Levantei rapidamente e voltei a correr. Eu poderia até tira-los, mas isso não daria tempo. Preciso conseguir ajuda. Preciso sair daqui ou ele vai me machucar.
- Sua vagabunda! - Meu cabelo foi puxado para trás assim que eu cheguei as escadas. - Aonde você pensa que vai, hum?
- Me solta! Me solta! - Gritei e mordi sua mão quando ele tentou cobrir a minha boca. - Seu verme imundo! - Cospi na cara dele e uni todas as forças do mundo para conseguir empurra-lo no chão. - Desgraçado asqueroso! - Esmaguei suas bolas usando o meu salto e ele gritou. - Quem você pensa que é pra me tocar assim?
Sinto ódio, medo e indignação.
Esses tipos de homens, são os piores que existem no mundo. Imaginem só o tanto de mulheres que já devem terem sido assediadas por esse lixo! E eu iria ser uma delas. Se eu não estivesse tentando me defender, ele iria abusar de mim. Tenho certeza disso.
- O que está acontecendo aqui?
Ouvi uma voz diferente e parei de chutar as bolas desse verme, já me preprando para chutar a de outro. Não deixei que o medo tomasse conta de mim e me virei, vendo uma mulher caminhando na minha direção. Ela está usando um vestido preto. Seus cabelos loiros e longos estão impecavelmente no lugar. Seus lábios são bem bonitos e levemente rosados.
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𝘿𝙚𝙨𝙩𝙞𝙣𝙖𝙙𝙖 𝘼 𝙈𝙞𝙢 | 𝘚𝘶𝘱𝘦𝘳𝘤𝘰𝘳𝘱
FanfictionApós atingir a fase adulta, Lena finalmente havia conseguido tudo o que queria: assumir a empresa de seu pai e tomar posse de tudo o que tinha direito. Ela era incrivelmente talentosa no mundo dos negócios, mesmo que a sua personalidade não seja lá...