𝘿𝙚𝙨𝙩𝙞𝙣𝙖𝙙𝙖 𝘼 𝙈𝙞𝙢 | 𝘚𝘶𝘱𝘦𝘳𝘤𝘰𝘳𝘱

Agradecimento Inesperado

Achei melhor não chamar meu motorista, pois ele poderia acabar me dedurando para o meu pai. Então, aqui estou eu, parada com o meu carro de frente a um grande edifício. O mesmo edifício luxuoso de ontem á noite. Por um mero momento, eu pensei em desistir disso e ir logo para a minha empresa, mas acabei deixando pra lá.

Não preciso ter vergonha, isso é uma coisa que nem fazia parte da minha vida.

E se eu não quiser mais beijá-la, é só eu agradecê-la e ir embora. Será simples. Simples e rápido.

- Srta. Luthor. - Cumprimentou o porteiro, assim que me viu sair do meu carro. - O que a trás por aqui a esta hora do dia?

- Estou procurando uma pessoa. - Mesmo com os pés ainda doloridos, não abandonei meus belos e vislumbrantes saltos. - E acho que você pode me ajudar com isso.

- Seria uma honra, quem a senhora procura?

- A dona daqui. - Fui direto ao ponto. - Eu preciso muito falar com ela. - Ele ficou surpreso, mas mesmo que estivesse curioso com a minha vinda, ele não se intrometeu nela. - Sabe aonde eu poderia encontrá-la?

- Sei sim, ela está lá encima. Acabou de chegar. - Me acompanhou até a recepção. - Fique aqui e eu irei chamá-la agora mesmo.

- Não precisa. - O segurei pelo braço, o alisando com um olhar atraente e sedutor. - Deixa que eu mesma subo até lá. Apenas me diga em qual andar ela está.

Ele me olhava de cima a baixo.

Homens são tão fáceis de seduzir, caem em qualquer coisa. Se atraem por qualquer gesto, ainda mais se isso estiver vindo de uma mulher rica e bonita. Sempre uso isso ao meu favor. E sempre funciona.

- Se a senhora insiste. - Me acompanhou até ao primeiro elevador, com um sorriso nos lábios. - Ela está na cobertura, devo ao menos informa-la de sua entrada?

- Não, não a informe de nada.

Quero fazer uma surpresa.

- Ok.

Deixei um breve beijo em sua bochecha antes de entrar e ele sorriu novamente, cheio de si, todo galante. Apertei o botão da cobertura e ajeitei minha roupa quando a porta do elevador se fechou. Há um espelho atrás de mim. Que chique. Nem tinha reparado nisso ontem à ontem. Retoquei minha maquiagem, fortaleci meu batom e passei um pouco de perfume no meu pescoço. A fragrância é tão doce e refrescante, que deixa a minha pele cheirosa quase o dia todo.

O tempo de me arrumar, foi o tempo que o elevador levou para subir. Saí elegantemente dele quando as portas se abriram. O corredor da cobertura não é tão extenso e não há muitas salas. Logo avistei a porta principal e fui apressadamente até lá. Ela estava entre aberta, o que facilitou a minha entrada. Entrei sem bater, como se fosse a dona dali. Confesso que sou abusada, e na maioria das vezes, muito atrevida.

- Olá.

Sorri assim que a avistei.

Kara está sentada na poltrona e quase se engasgou com a bebida ao me ver. Meus olhos a analisaram de cima a baixo assim que eu me aproximei um pouco mais. Ela está usando um terno. E devo admitir que eu tenho certas quedas por mulheres assim. O dela era cinza, acompanhado por uma gravata preta que caia perfeitamente bem naquele lindo e atraente pescoço.

Seus cabelos estão alinhados, perfeitos. Há uma caneta em sua mão direita e várias pastas encima da mesa. Ela deve ter acabado de começar a trabalhar e eu aqui, tomando o seu tempo. Não posso evitar, não consigo parar de olhar pra ela.

Meu Deus, eu já conheci muitos homens e mulheres bonitas, mas ela parece estar em um nível totalmente imaginável. Parece até uma alucinação da minha cabeça de tão bela.