O que eu faço?

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"sempre pensei que nunca chegaria no fundo do poço, mais parece que eu estava errando né?"

Penso isso enquanto encarava do alto de uma ponte a água no mar. Eu quero pular mas meu corpo não me obedece. Porque?

"Anda logo você não tem nada a perder, você não tem pais, amigos, filhos ou namorada você nem sequer e rico e só mais um pobre fodido, então porque ainda fica indeciso?"

Eu está farto da vida que eu levava não aguentava mais levantar todo dia e pensar "outra vez?" Cansado de ter estacionado minha vida aonde ela não ia pra frente e nem para trás.

Olho para o céu da noite onde vários floquinho de neve caiam do céu, as luzes de natal nas casas, era tudo tão lindo "e triste pensar que aos meus 26 anos não tenho ninguém nem ao menos pra passar o natal?" Penso com um sorriso amargo.

Olho em volta e vejo perto de mim um casal se abraçando e falando "eu te amo" um para o outro. Essa única frase que quando eu era tão pequeno desejava tanto ser dita para mim, pelo menos uma vez. Me lembro até hoje, eu puxando o saco de todas as crianças do orfanato de todos os monitores até da diretora, só para ouvir um te amo, mas nunca me disseram. Eu acho que faz sentido né? Eu também nunca amei ninguém.

Será que eu estou no mais fundo do meu íntimo esperando por um milagre? Ou alguém? Mas uma coisa e fato é muito deprimente estar prestes a pular de uma pote e ninguém me impedir " Naruto você está prestes a se matar, o que pode ser mais deprimente do que isso?" penso respirando fundo.

Quando eu estava prestes a pular, ouso gritos autos aparentemente de uma criança, não, duas crianças na verdade.

"Porra minha vida já e uma merda e agora não posso nem me matar em paz, mais?"

Olho pra trás e me vejo um carro muito chique parado em frente a um hotel ali perto enquanto uma mulher de cabelo rosa que gritava com duas crianças bem pequenas as puxando grosseiramente pelo braço enquanto elas gritavam esperneavam.

Eu continuo encarando aquela cena confuso, as crianças não pareciam está fazendo pirraça mas sim não querendo estar perto da mulher, como se quisessem fugir dela. Já que eu vou morrer mesmo não custava tentar ajudar alguém, até porque se eu for intrometido eu ia conseguir no máximo um tapa na cara.

Caminho lentamente até aquela moça, no momento exato em que me coloca perto o suficiente para ouvi-la fico um tanto assustado.

?? - Vocês são uns inúteis não serve para nada não conseguiram nem que seu pai continuasse comigo - fala aparentemente com a voz chorona - Eu odeio vocês, eu odeio a existência de vocês, maldita hora que eu tive a ideia de ter vocês - ela falava enquanto as crianças ainda tentavam se soltar dela - mas por um lado bom ele não quis ficar nem com vocês né - ela fala rindo - mas agora sou obrigada a ficar com vocês dois então parem de chorar agora - fala apertando mais o braço dos pequenos.

?? - Mamãe para - diz o menininho de cabelos pretos e olhos verdes.

?? - NÃO ME CHAMA ASSIM - grita a moça que já levantava seu braço para dar um tapa no garoto mas meu corpo se mexer sozinho e eu segurei a mão da mulher.

Naru - Tá loca é? - falou automaticamente a empurrando para longe dos meninos.

Assim que eu percebo o que fiz meu sangue gelou "puta que pariu eu bati na mulher".

?? - Seu bastardo arrombado quem você pensa que é? - pergunta levantando rapidamente.

"Essa vaca me chamou de que?"

Naru - Olha bastardo até vai porque eu realmente sou, mas agora arrombado e a sua mãe aquele fóssil em decomposição - falo com a mão na cintura e mexendo a cabeça de um lado para outro.

São meus filhos sim!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora