𝐕𝐈𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎 𝐈𝐍𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐋 - 𝐊𝐓𝐇+𝐉𝐍𝐊

prólogo.

— Oh, não, não, não, não! - Jennie murmurou incrédula, enquanto observava suas tulipas rosas, brancas e amarelas sendo arrancadas violentamente para fora do chão.

Ela empurrou a volta sua mesa do computador e saiu em direção à porta da frente. Estava indo para matá-lo, desta vez, não havia nenhuma dúvida sobre isso. Depois de cinco anos de disparates juvenis, finalmente ele tinha ido longe demais. Sua colega de faculdade não tinha sido capaz de irrita-lá tanto, mesmo quando ela passou por um período de 6 meses, sem tomar banho, ou usar desodorante — para salvar o planeta.

Cinco anos atrás, ela tinha orgulho de comprar sua primeira casa com apenas 17 anos. Ela trabalhou para caramba para comprar a casa de seus sonhos, a um nível de fazenda de dois quartos. A experiência de possuir sua própria casa era melhor do que qualquer coisa que ela poderia ter imaginado. Ela gastou incontáveis horas escolhendo o esquema de cores perfeito para cada quarto, limpando, organizando e transformando madeira e gesso em um verdadeiro lar.
Nenhum destes trabalho se comparava as incontáveis horas que passou em seu gramado no jardim. Com inúmeras bolhas, picadas de abelha e dores nas costas, ela transformou o quintal sem graça em um paraíso. Sua alegria durou ao todo quatro meses. Foi quando ele se mudou para a casa ao lado. No início, ela estava animada para ter um vizinho que não fosse idoso ou mal-humorado. Toda a sua alegria terminou assim que conheceu Kim Taehyung.

Nos primeiros dez minutos de sua chegada, ele havia apoiado-se em sua caixa de correio, jogando embalagens de fast-food de seu carro para a sua propriedade, o que rapidamente fez o caminho para o seu gramado impecável, e encostou-se no velho carvalho grande em seu gramado, com um sorriso tímido e um encolher de ombros em sua direção.

O homem era um bárbaro.

Durante os cinco anos seguintes, ele transformou sua vida pitoresca em um pesadelo. Ela não sabia como uma pessoa poderia tirar tanto o controle sobre a sua felicidade, mas ele conseguia. Ao longo dos anos ela lidou com as bolas de paintball, com seu varal cheio de roupas penduradas por decoração ao lado de sua casa, com a música alta, festas, duas vezes ela flagrou pessoas nuas tentando escalar o muro para dar um mergulho em sua piscina, três horas de jogo de basquete bêbados, mulheres surtando em seu gramado frontal e às vezes no dela quando o idiota se recusava a sair e lidar com elas.

O que piorou as coisas foi o fato de ambos trabalharem na mesma escola privada, no mesmo departamento, com salas e lugares de estacionamento um ao lado do outro. Não demorou muito para ele transformar seu emprego dos sonhos e casa, em um tremendo pesadelo. No trabalho ela teve que lidar com ele constantemente pedindo emprestado de sua sala coisas como, papéis, canetas, livros e até mesmo uma vez, sua mesa. Ele parecia pensar que era o homem mais charmoso de toda a Terra e não tinha nenhum problema em usar esse charme para ser um professor descontraído, deixando-a com trabalho extra e responsabilidades. Não demorou muito para descobrir que ela teria que levantar a poeira, sacudir e dar a volta por cima no trabalho.

Na idade dela não acreditava ser capaz de conseguir um emprego melhor. Tinha a sorte de ter este. Assim, a única opção para ela, era a de se mover.

Após o primeiro ano, ela tentou vender sua casa, sem sucesso. Cada vez que um potencial comprador se aproximava, ele os assustava apenas por ser Taehyung.
Ela manteve a ideia de vender sua casa por dois anos, mas no ano passado a colocou novamente á venda, quando ele começou a jogar golfe e quebrou suas três janelas. Depois, ele conseguiu assustar quinze compradores, porque teve um ataque particular e memorável de raiva e jogou seu computador pela janela, fazendo um rugido alto e claro, desfilando apenas de cueca pelo quintal para ver seus emails, e, claro não houve bom senso, ou melhor, ouve sua ausência total.

Seu gramado estava coberto de grama, caranguejos e ervas daninhas. Ele só pagava o garoto da vizinhança para cortar uma vez por mês. O resto era o habitat escolhidos por pequenas criaturas na floresta. A casa precisava de um trabalho de pintura sério, ou pelo menos uma limpeza de todas as lascas de tinta que haviam caído ao longo dos anos. Se ele pessoalmente não assustasse alguém, a aparência de sua casa faria esse trabalho. Ela desistiu do sonho de se mudar para longe há cinco meses, e se colocou em oração para que ele se mudasse em breve, muito em breve.