Capítulo 1

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Esses da foto são: Renata, Giovani Caetano, Enrico e seu cachorro Thor 

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Caetano

Estar de folga não significava bem descansar. Não quando se tem um filho de seis anos que parecia ter engolido dez litros de energético e tinha animação por dez crianças hiperativas juntas. Enrico me encarou mais uma vez com aquele sorriso e olhar pidão que não dava para negar nada.

— Por favorzinho, pai. Vamos? — Ele juntou as duas mãos em frente do queixo enquanto falava.

Eu costumava comparar os olhos acinzentados dele com o do Gato de Botas do filme Shrek, ninguém resiste. Muito menos eu. Desde que coloquei os olhos nele na hora do parto fiquei completamente rendido. E quando ele me encarou pela primeira vez fazendo biquinho para chorar eu soube que dedicaria a minha vida a ele. E tem sido assim desde que ele nasceu.

— Está bem, vamos colocar as roupas.

— Ebaaaa!

Ele saiu correndo para o quarto para vestir as roupas de ciclista. Estávamos enfrentando uma Pandemia por causa da Covid-19, as crianças estavam tendo aula online, o que estava deixando meu filho estressado. Muito tempo diante do computador, várias distrações na hora da aula e nenhum amigo para interagir cara a cara. Exceto o nosso cachorro, um Golden Retrivier caramelo que o Enrico amava, naquele momento eram dois presos dentro do apartamento. Toda a situação me cortava o coração, se estava sendo difícil para mim, imagina para eles. Para piorar tudo, morávamos em apartamento, o que deixava Enrico ainda mais agitado, pois tínhamos pouco espaço para ele brincar.

— Estou pronto pai — gritou do quarto.

— Ótimo, também estou. Vamos descer com as bikes?

Como somos só eu e ele, um dos quartos virou uma espécie de quarto de jogos. Temos um sofá, TV e Xbox, na parede oposta penduramos as bikes, abaixo delas tinha um armário onde guardamos nossas coisas de pedal.

— Não esqueça a máscara — adverti.

— Ah não, pai, é ruim demais pedalar usando máscara, eu fico sem ar.

— Vamos fazer assim, a gente usa para descer de elevador, vamos pegar uma trilha que não tem muita gente, daí a gente tira para você ficar mais à vontade. Mas usar máscara é importante, Rico.

— Tá bom.

Thor, o nosso cachorro latiu algumas vezes quando percebeu que iríamos sair, doido para ir com a gente.

— Hoje não, amigo, mais tarde dou uma volta com você.

Fechei a porta escutando o latido suplicante do Thor, Enrico estava tão doido para pedalar que sequer se compadeceu do cão recluso em casa.

Surpresas da Vida - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora