Voo 307

Capítulo 4

Notas: Hey, olá! Iniciando apenas para falar que esse capítulo tem uma pequena menção de uso de drogas (provavelmente nada realista pq eu nunca usei drogas), é lá em baixo, mas sei lá, é gatilho?

Enfim, estão avisados.

Boa leituraaa

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Com as mudanças de funções e com todos do acampamento trabalhando, a ilhota estava agitada. Não faltou água, o almoço saiu no horário certo e muitas cabanas estavam sendo construídas e aperfeiçoadas. Era apenas o quarto dia, mas muitas pessoas já tinham se adaptado e muitas outras já estavam entrando no ritmo.

Lexa passou a manhã inteira correndo de um lado para o outro, ajudando com alguns reparos aqui e com algumas pequenas coisas ali. Logo cedo, Aden perguntou se podia ser o assistente dela e Lexa, como uma boa coração mole, permitiu. Ele aguentou nem meia hora e acabou passando o resto do tempo com Clarke e Madi, junto com Raven.

Já Clarke, que acordou um pouco mais tarde do que nos últimos dias, depois de visitar as poucas pessoas que ainda reclamavam de dores musculares, passou o dia inteiro com Raven. Madi era a sua fiel escudeira e juntas elas tentaram distrair a engenheira.

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O primeiro grande movimento do dia aconteceu no início da manhã e foi uma briga por folha de bananeira. Lexa tinha acabado de voltar de uma caminhada na floresta com algumas pessoas, elas estavam atrás de possíveis pequenos animais para caçar, e ela ainda não tinha comido. Inclusive, ela estava atrás de uma manga sobressalente quando os dois caras com mais ou menos 30 anos a abordaram.

— Comandante, esse indivíduo roubou a minha folha de bananeira.

Ela realmente achou que era uma piada, quem não acharia? Primeiro que a abordaram a chamando de Comandante e depois, obviamente, pelo conteúdo da fala. Ela só parou de rir quando se virou e um dos caras estavam com o rosto muito fechado e o outro segurando as três folhas de bananeira como se fosse um saco de ouro.

— Vocês estão brigando por folhas de bananeira? Vocês sabem que tem umas 30 bananeiras lá dentro, né? — Ela disse e apontou para dentro da mata fechada.

— Eu peguei essas folhas, elas são minhas — Stuart, o cara que não estava feliz, falou. — Eu subi na árvore, eu tirei as folhas. E por algum motivo, esse cara achou que poderia pegar. Falaram que você vai decidir tudo agora, por favor, fale que as folhas são minhas.

— Ele deixou as folhas jogadas — Oliver, o cara do ouro, falou. — Elas são do tamanho perfeito para fechar o telhado da minha cabana.

— As folhas estavam do lado da minha cabana, elas não estavam jogadas — Stuart disse, a voz uma oitava acima.

— Eu nem sei se é dele mesmo, não tem o seu nome.

— Ora, estamos no meio do Oceano e eu não tenho uma caneta.

— Como eu disse, eu nem sei se é dele — Oliver voltou a olhar para Lexa. — Aqui, Comandante, pode ser de qualquer pessoa. Ele pode, muito bem, estar mentido para roubar as minhas folhas de bananeira.

— Minhas folhas de bananeira — Stuart pontuou enfatizando o "minhas". — Eu subi na...

— Tá, tá — Oliver o interrompeu. — Você já fez o seu discurso, mas não dá para saber se é verdade.

Antes que Stuart pudesse falar algo, Lexa levantou a mão e os dois ficaram quietos. Ela suspirou e passou a mão direita pelo rosto.

— Oliver, você está no grupo que cria ferramentas, não?