Fifteen

387 26 76
                                    


Se apaixonar nunca é fácil. Ainda mais quando ele é seu melhor amigo. Harry e Louis se amam, mas ainda não sabem disso.

Tamanho: 5.100 palavras

Tags: Friends to lovers; soft

Avisos: Não tem nenhum, a história é bem fofinha mesmo. Nas mídias tem uma fotinho para entenderem como eses são nessa oneshot


**********


O primeiro dia de aula é sempre emocionante e empolgante. Rever velhos amigos, conhecer novos e descobrir o que os próximos meses guardam. Independente de qual fase da escola você esteja, será sempre assim. Entretanto, alguns começos são mais importantes e marcantes do que outros. Mais memoráveis.

É assim que Louis e Harry enxergavam o primeiro dia de aula no colegial. O ensino médio sempre guardou segredos, brilhantes e inalcançáveis, para os mais novos. Assim como se aqueles portões fossem capazes de separar meninos de homens, eles finalmente começaram o ano letivo na escola da cidade, prontos para enfrentar essa jornada. Juntos.

Era assim que eles faziam tudo desde que se conheceram aos quatro anos de idade na creche de Holmes Chapel. Juntos. Suas mães chegavam a brincar que Louis e Harry nasceram grudados, mas era amor, em sua forma mais pura e intensa.

Apenas alguns centímetros mais alto que o melhor amigo, Louis estava parado em frente a sua casa, junto a sua mãe, enquanto esperavam a carona que os levariam para a escola. Tia Anne, como ele a chamava, não demorou para estacionar em frente ao belo sobrado amarelo, junto a um garoto de cachinhos castanhos e olhos perdidamente verdes que olhavam empolgados pela janela.

Recebendo um beijo molhado nas bochechas de sua progenitora, e um "boa aula" da mesma, o garoto de olhos azuis e cabelos lisos acastanhados seguiu, quase que correndo, em direção ao banco traseiro do carro preto. Assim que entrou e cumprimentou os presentes, Harry se colocou virado para o amigo, tão ansioso com a escola que mal podia se conter.

O caminho foi curto. Apenas alguns quarteirões separavam a casa de Louis do colégio, mas já que sua tia de consideração se disponibilizava a levá-lo, por que não aceitar?

Depois de receber a mesma despedida que o mais alto encarou, mas agora de Anne, Harry se colocou fora do carro acompanhado do melhor amigo. Eles estavam nervosos, e passaram a noite de domingo inteira pendurados no telefone, conversando sobre o grande dia. Pode parecer besteira, mas quando se tem 15 anos você sente como se já soubesse tudo que precisa saber, e uma dessas certezas é a importância do ensino médio.

- A gente vai contar até três e entrar ou só passar pelos portões? - Brincou Louis, enquanto os garotos permaneciam parados na calçada do colégio.

- Apenas vamos!

- Só respire Hazz! Parece que vai ter um infarto.

- A gente vai estar aqui pelos próximos quatro anos. Só não quero estragar nada!

Como forma de acalmar o amigo, o mais alto segurou sua mão e o trouxe junto ao que subia os degraus da entrada da escola. Assim que passaram pelos portões sabiam que nada seria tão simples e idealizado quanto em seus sonhos. Era quase como uma selva. Mas no bom sentido.

A ideia da dupla era se manter invisíveis. Eles não almejavam a popularidade, nem eram diferentes o suficientes para serem notados, e isso era bom, era seguro, e por onde seguiriam. Ainda que, esperançosamente, Harry fantasiasse em ser notado por um dos veteranos e imaginava viver o famoso sonho adolescente que ele sempre viu nos filmes clichês da televisão.

Long Story Short | l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora