Depois de retornarem da guerra, o Coronel Styles e o Soldado Tomlinson precisam reaprender a viver, mesmo com todas as dores e traumas.
Tamanho: 3.100 palavras
Tags: 2ªGM; 1940;
Avisos: Gatilhos (ansiedade e ataque de pânico). Tentei ser o mais superficial possível e focar na relação deles e não na guerra por ser um assunto muito delicado e que merece respeito!
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Era uma manhã fria de outono, por meados de novembro, quando Louis despertou graças ao vento gelado que passava pela fresta da janela e atingia seu rosto. Ele devia ter se acostumado com a sensação. Dormir ao relento era uma realidade diária até alguns anos atrás, mas mesmo protegido pelo lugar que hoje ele chama de lar, as rajadas de ar o faziam arrepiar desde a espinha, como se anunciassem um mal presságio.
Elas realmente anunciavam, ele teve certeza ao que se virou na cama e não encontrou Harry deitado ao seu lado. Em dias como aquele, que se tornavam mais frequentes em determinadas épocas e mais espaçados em outras, o homem de cabelos cacheados, o qual ele chamava de marido, se mantinha afastado, com medo de ser rude e machucar a única pessoa que ainda ama no mundo.
Louis se corroía um pouco a cada manhã em que acordava sozinho, mas respeitava as escolhas de Harry. Em dias normais - dias bons, como ele gostava de chamar - o cacheado sempre despertava primeiro, logo que os raios de sol decidissem aparecer pela manhã. Entretanto, ele não se levantava, ficava, nem que fosse por horas, apenas aguardando que o marido acordasse. Observando cada detalhe que construía Louis, cada detalhe que o encantava.
Aquelas eram as manhãs preferidas do homem de olhos azuis. Ele amava despertar e encontrar um grande sorriso de covinhas o esperando e a floresta tropical que formava os olhos do maior apenas o adorando, com todo carinho, amor e dedicação que ele merece.
Mas não era um desses dias, era uma manhã ruim e ele sabia disso.
Louis levantou da cama quente e vestiu o roupão vermelho de algodão que pertencia a Harry e carregava o seu cheiro, bem como suas próprias pantufas. Ainda sonolento, desceu as escadas da grande casa em que moravam e caminhou até a cozinha, sendo levado, quase que instintivamente, pelo cheiro do café recém coado. Mas lá ele encontrou apenas uma caneca, ainda fumegante, à sua espera.
Com a bebida esquentando suas mãos um tanto geladas, ele andou até a larga varanda que ficava nos fundos da casa, a qual dava vista para um extenso gramado e uma floresta ainda intocada há poucos metros de distância da residência. Ele sabia que o encontraria ali.
Harry estava vestido com um casaco grosso de lã e calças confortáveis enquanto sentava em uma das cadeiras de balanço do lugar. Uma de suas mãos segurava uma xícara idêntica a de Louis, apoiada em sua perna, já a outra mantinha seu rosto e seu olhar estático no campo verde.
Louis se aproximou com cautela para não assustar o marido, perdido em seus pensamentos, e colocou sua mão livre em seu ombro, fazendo um carinho leve que o tirasse daquele torpor.
- Bom dia! - ele disse.
- Bom dia - respondeu a voz rouca olhando para cima e encontrando o rosto amável do outro.
Louis se abaixou minimamente deixando um singelo beijo nos lábios do esposo e voltou para a cozinha, sabendo que Harry desejava espaço naquele momento. Ele gostaria de fazer mais, gostaria de ajudar e tirar dos ombros do marido o peso de quase 300 homens que ele carregava sozinho. Mas não sabia como.
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Long Story Short | l.s.
FanfictionLivro de oneshots Larry inspiradas pelas músicas de Taylor Swift. A publicação das histórias vai ser feita conforme eu for escrevendo. Ou seja, esse vai ser um livro quase infinito. Deixem ele na biblioteca que sempre que eu adicionar uma oneshot no...