Long Story Short | l.s.

Speak Now

Louis nunca pensou que invadiria um casamento para resgatar o noivo, mas não há nada que ele não faça por Harry.

Tamanho: 1.800 palavras

Tags: Friends to lovers; Casamento;

Avisos: Essa história é uma continuação da oneshot Champagne Problems que também está nesse livro. Ela funciona sozinha, mas fica mais interessante se ler o outro capítulo primeiro!
Para quem está lendo na sequência, CP tem uma linguagem bem diferente de SN por conta das músicas em que elas foram inspiradas!

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Eu nunca pensei que fosse o tipo de cara que invade um casamento.

Mas também nunca pensei que ele fosse o tipo de cara que se casa com a garota errada.

Eu estava tão nervoso, entrando às escondidas e espreitando pelos corredores daquele casarão em que a cerimônia aconteceria.

Me lembro de entrar pela porta dos fundos, afinal eu não tinha um convite, e andar pelas sombras, por entre as cortinas, tentando encontrá-lo naquele labirinto de quartos.

Os noivos estavam se arrumando no segundo andar da grande casa e era uma confusão de pessoas por todos os lados.

Me lembro de ver os amigos dele e a família arrogante da noiva, todos usando ridículos ternos e vestidos em tons pastéis. Parecia um enterro, com cores apagadas como se já tivessem desistido de brilhar.

Me lembro também de passar por uma das portas entreabertas e escutar Mary, a noiva, gritar com uma das damas de honra.

A coitadinha saiu correndo, chorando, tão desesperada pelos gritos da megera que sequer notou quando esbarrou em mim. Foi a minha sorte, porque tenho certeza absoluta que ela teria me reconhecido.

Rodei por cada pequeno canto daquela casa, mas não o encontrei em lugar nenhum.

Eu já estava ficando desesperado.

Interromper o casamento nunca foi parte do plano. A ideia era encontrá-lo ainda enquanto estavam se arrumando. A fuga seria mais silenciosa e com menos drama.

Quando notassem que ele não estava mais lá, seria tarde demais.

Alguns meses antes ele tinha ido embora e me deixado somente uma carta. Isso não foi muito tempo depois de eu ter assumido tudo para os meus pais.

Tive medo de que ele me deixasse naquele momento, mas não. Ele permaneceu lá, me mantendo em pé.

Porém, quando os pais dele ficaram sabendo, as coisas fugiram do controle. Eles eram mais importantes, tinham um sobrenome mais influente, o que significa que, diferente do meu pai que decidiu manter tudo debaixo dos panos, eles poderiam fazer de nossas vidas um inferno.

E então ele foi embora. Para me poupar.

No começo eu desabei, chorei por dias, de tristeza e raiva.

Passei por todas as fases do luto até que eu entendi. Se fosse ao contrário eu faria a mesma coisa, sem tirar nem pôr, para poupar ele, mantê-lo em segurança.

Acontece que nem tudo é preto no branco, certo ou errado, sim ou não.

Existe uma terceira opção. Existe aquela possibilidade em que cada um pode dar um passo e os dois se encontram no meio das coisas. E era isso que eu estava fazendo, dando o meu passo e torcendo, com todo o meu coração, para que ele desse o dele também.

Percebi que todos estavam começando a descer para o primeiro andar, e tive certeza de que a cerimônia estava prestes a começar. Não podia ficar por ali ou alguém me perceberia.