VI

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Mais uma vez, alguém bateu na porta.
O Príncipe não se mexeu e se manteve deitado. A batida persistiu.
— Alteza?
James se manteve deitado.
O mensageiro de seu pai entrou na cabana, e se dirigiu a cama do Príncipe.
— Alteza, precisa vir comigo.
— Porque?
James mantinha seus olhos fechados, mas seus ouvidos eram atentos ao mensageiro.
— É seu pai. — O Príncipe deu um sorriso de desdém. — Ele está morrendo.

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O Príncipe caminhou por entre o Palácio, até o quarto de seu pai.
Ao entrar na sala, todos os homens ali presentes se curvaram.
James andou até a cama de seu pai, que dormia, enrolado em mantos de seda. Ele fizera tanto mal ao reino, tanto mal aos seus filhos... como podia morrer tão solene?
— Sou eu. — James tirou os mantos de seu pai, fazendo o acordar. — Está sentindo esse frio?
O Rei agoniado, abriu os olhos para seu filho.
— J-James... — O Rei com dificuldade, segurou a mão de seu filho. — Você... será o Rei... seja o Rei...
O Príncipe continuou encarando seu pai, até que ele fechasse os olhos e dormisse.
Para sempre.
A sala ficou em silêncio. James soltou a mão de seu pai e se virou para os homens ali parados.
Um deles se curvou, diante de James. Os outros imitaram e O jovem Rei assentiu.
— Vocês me conhecem como o garoto rebelde, o filho que deu errado. O jovem que não seguia seus deveres. — O jovem Rei manteve a expressão firme e a cabeça erguida. — Mas saibam, que a partir de agora, verão um Rei totalmente diferente. Esqueçam O Príncipe. Agora só tem lugar para O Rei.

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Caminhando por entre as ruas, a caminho de sua coroação, James olhava à sua volta.
Tanta pobreza, por culpa de seu pai. Condições horrível, por culpa de um Rei Louco.
Pensando nessas coisas, James a viu.
Novamente, a garota de cabelos vermelhos. E agora sóbrio, ele discernia suas feições.
Ela tinha a pele clara, cabelos vermelhos e longos e seus olhos eram verdes como as esmeraldas. Levava um cesto de roupas na mão e sequer olhava para o desfile.
James não parava de olhar para a moça, quando ela de repente virou e seus olhos o encontraram.
Ela fez uma pequena reverência com a cabeça e depois entrou em uma pequena viela.
O jovem Rei retornou seu olhar para o desfile. Quem era ela?
Tinha que saber.

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O Bispo ungia James, em todos os lados. Os aromas de incenso contaminavam o ar. Ele sentia o peso do que viria.
Após isso, três Criados o cobriram com o manto. E depois, pegaram o colar e puseram sobre os ombros de James.
O colar da Inglaterra. Era pesado. Cravejado de jóias e deixava sua posição ereta.
O Rei se virou para todos que assistiam e todos eles se curvaram.
— Viva Rei James! — Bradou o Bispo.
— Viva!
— Viva!
— Viva!

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The King - JilyOnde histórias criam vida. Descubra agora