Capítulo final

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"Eu encontrei um amor para mim. Querida, entre de cabeça e me siga. Bem, eu encontrei uma garota, linda e doce. Eu nunca soube que era você quem estava esperando por mim"
.

– Eu sou perfeito!

– Nossa, você está falando isso mais do que o normal.

– talvez assim você se toque – a olhou profundamente.

– O-O quê? Como assim?! – o encarou confuso.

– A perfeição não existe, para que algo exista, tem que ter defeitos – falou sem desviar seus olhos dela.

– O que você está querendo dizer com isso...?

– Com o quê? – ele sorriu finalmente olhando para outro lugar. – Bem, eu preciso ir. A gente se fala – ele tirou do bolso a chave do carro.

– Tá... – devagar ela entrou em casa e fechou o portão. Mas ela ainda estava confusa, então em menos de 5 segundos, ela abriu o portão novamente, mas não tinha nada lá. Nem o Noah, nem o carro, nem nada. Somente a rua deserta.

Ela deu de ombros, ele já havia ido embora, o que lhe restava a fazer, era entrar e esperar sua mensagem.

Acontece que passou o resto da noite, e o dia inteiro de domingo, e ele não havia mandando nada ainda. Se lembrou de quando ele havia sumido, que ele não dava nenhum sinal de vida. Então saltou na cama e correu até sua escrivaninha, se sentando nela. Apreensiva, ela abriu o seu caderno, e viu novamente sua história com Noah lá.

Sentiu seu coração apertar e as lágrimas se atreveram a sair, até que a última frase escrita, lhe chamou a atenção: "A perfeição não existe. Para que algo exista, precisa ter defeitos".

A partir disso, teve uma ideia. Foi diretamente à página onde descrevia e a rabiscou. Lá ela o descrevia como o cara perfeito, o cara sem defeitos. Mas com a sua convivência com ele, percebeu que não, ele não era perfeito e tinha sim defeitos. Então começou a listá-los rapidamente.

Após isso, fechou o caderno com veemência. Olhando para os lados, esperando que ele fosse aparecer, mas nada.

– Eu sou tão patética – suspirou deixando seu queixo cair sob o caderno.

– Princesa?

Levantou a cabeça ao ouvir a voz de Noah ecoar atrás de si. Audrey virou a cabeça tão rápido que sentiu seu pescoço estalar.

– Noah! – ela literalmente pulou no seu pescoço, o abraçando forte, sentindo as lágrimas caírem compulsivamente.

– Oi... – ele acariciou seus cabelos. – Eu estou aqui..., estou aqui...

– Eu achei que tinha ter perdido novamente... – se afastou para olhar em seus olhos.

– Eu tô aqui... – ele retirou cuidadosamente os cabelos dela da frente do rosto, limpando as lágrimas com a mão.

– Me promete que não vai ir embora de novo... – perguntou.

– Eu prometo. Eu nunca mais vou embora.

Ela o abraçou novamente, aconchegando a cabeça em seu peito.

– Eu te amo muito... – confessou o apertando mais forte.

– Eu te amo muito também. Mais do que eu poderia imaginar. Eu nunca amei e nunca vou amar ninguém como eu amo você... E eu sinto muito por não ter dito isso antes... – ele passou as mãos nas costas da garota.

Ela se aconchegou em seu peito, e quando viu a porta da sua varanda aberta, então ela deu uma risadinha.

– Achei que com essa viagem à Itália, você teria aprendido a usar as portas.

Better - Noah SchnappOnde histórias criam vida. Descubra agora