7 Jours

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"Lá se vão 7 dias que o meu coração e minha alma estão sofrendo. As noites são longas e idênticas. 7 dias de arrependimento, 7 dias com medo que você me deixe. Foi com você que minha vida teve sentido".

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Mas mesmo tentando se manter calma ela passou a noite chorando baixo, se sentindo culpada de alguma maneira, de algum jeito sentia que aquilo era culpa sua, mesmo sem um propósito.

Mas depois de algumas horas, ela acordou. Seus olhos estavam pesados, então demorou um tempinho para acordar totalmente e levantar a cabeça do travesseiro.

– Bom dia, princesa – sentia algo puxando seus fios de cabelos, então se impôs sobre os braços e levantou a cabeça do que achava ser seu travesseiro, mas na verdade era Noah, ela dormia sob seu colo.

– Noah?

– Oi – ele sorriu.

A garota ergueu seu braço para tocar o seu rosto, mas quando estava próxima o suficiente, Noah foi mais rápido e agarrou o seu braço, impedindo-a de tocá-lo. Ela olhou para o seu braço, onde Noah segurava, sua mão não tocava sua pele, e sim seu grosso moletom que usava para dormir.

Ele largou o braço dela devagar, colocando-o longe dele. Após isso, sorriu e inclinou sua cabeça, começando a fechar os olhos, a fim de beijá-la. Então ela fez o mesmo, e quando sentia que seus lábios iam finalmente se tocar, ela pulou da cama, acordando finalmente.

Audrey olhou ao seu redor e nada de ver Noah. Se sentiu bem ao "ver" ele, mas quando acordou e viu que não se passava de um sonho, sentiu que mais uma parte dela havia sumido.

– Querida – sua mãe abriu a porta. – Eu e seu pai estamos indo trabalhar.

– Argh... – ela se ergueu na cama e começou a tirar as cobertas sob sua perna. – Preciso ir pra escola... já devo estar atrasada.

– Na-na-ni-na-não. – Sua mãe colocou suas mãos na frente de sua filha, impedindo-a de se levantar. – Você não vai à escola hoje, vai ficar aqui, de repouso. Tem comida lá em baixo, mas se quiser, pode pedir algo para comer, qualquer coisa, ok?

– Tá...

– Se depois da escola, pode chamar seus amigos para virem aqui também, tudo bem? – Linda deu um beijo na sua testa e saiu do quarto.

– Pena que a única pessoa que eu quero ver, não está aqui – ela se cobriu até a cabeça e virou as costas para a porta, sentindo uma vontade de chorar.

Ela nem precisou chamar ninguém, seu melhor amigo, Peter, passou na sua casa depois da escola. Ele viria com Camille, namorada dele e sua melhor amiga, mas a garota tinha médico, então viria outro dia.

– Como você tá? – perguntou sentando-se na cama.

– Tô melhor...

– Não parece, você tá péssima.

– Eu tive alguns problemas para dormir, mas já estou melhor.

– O que aconteceu? Por que você saiu da sala daquele jeito? Por que você gritou daquele jeito no banheiro?

Ela não respondeu, apenas juntou seus joelhos ao peito, e apoiou seu queixo, desviando seu olhar.

– Tá legal, tá legal... – Peter levantou as mãos em sinal de redenção. – Não pergunto mais. Mas o que você fez o dia todo?

– Eu fiquei...aqui...!

– Nossa...que...legal...! – flexionou o maxilar. – O que tem para comer? Sua casa sempre tem comida boa – a pegou pelo braço, tirando-a da cama –, me leva lá em baixo para eu não parecer um invasor.

Better - Noah SchnappOnde histórias criam vida. Descubra agora