Don't Start Now

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❝Dei 180 graus, uma loucura, pnsando em como eu era. O desgosto me mudou? Talvez. Mas veja onde acabei - Don't Start Now   ❞」

❯「  ❝ LALISA ❞  」❮

Certas pessoas dizem que; uma chance de recomeçar é transpor o seu passado, aprender com ele os acertos que não lhe concebeu. Mas como seguir em frente se a cada passo o seu passado está presente? Você não quer esquecer, você quer encontrar uma maneira de destrui-lo. Porque de qualquer forma, meu passado está submerso ao presente em que vivo, se não destrui-lo, como poderei seguir adiante?

Passaram-se alguns dias sem que eu a visse. Não a avistei nos corredores e nem mesmo almoçando na fonte, estava começando a me preocupar, ao ponto de ligar para o RH, somente para saber se Jennie Kim ainda trabalhava na empresa.

E sim, ela trabalhava.

Então só tinha um motivo para que eu não a visse mais.

Ela está me evitando.

L'na. Maldita seja!

Já quase uma semana desde o nosso encontro. Eu estava ficando irritada com o seu sumiço.

— Mas que inferno! — gemi com a dor que senti ao conhecer os pequenos fragmentos penetrando minha pele. Naquele momento, a gravidade exerceu um peso exorbitante sobre meus ombros, empurrando a sentar no chão, cobrindo o rosto com as mãos, aos prantos. Pouco me importava a dor latejante em meu pé, mas a dor em minha alma era visível e impossível de ignorar. Não conseguia vencer as emoções porque era inevitável, tudo o que fazia há exatas duas semanas era chorar.

Acampainha fora escutada, levando-me a observar cada cômodo milimetricamente afim de andar tendo como apoio os móveis,
Intercalando com pulos, passara a me aproximar da porta de entrada e logo que entreabriu um certo pesar habitou o meu corpo.

— Salaam aleikum, Lalisa — Kedar respondeu, agarrando-me pelo ombro para um abraço.

— Salaammm. — Respondi em um gemido para o certo incômodo que fez-se em meu pé, a afastando para poder olhá-la. Ela estava mais bonita do que nunca, com os cabelos acastanhados penteados de um jeito que os deixavam ondulados, coberto pelo icharb¹, as bochechas avermelhadas e um leve sorriso no rosto. Meu peito errou as batidas ao ver o homem ao seu lado, segurando a criança no colo, que dormia com os braços envoltos ao seu pescoço. Encarei o garoto dormir de costas para mim.

— Entrem.. — Respirei cansada, então, ambos adentraram o cômodo, fechando a porta. A mulher caminhou lentamente até mim, encarando-me ao mesmo tempo que seu marido subiu para pôr o pequeno garoto na cama e guardar algumas malas.

— Priya, o que aconteceu? — Ela me encarou como se analisasse o que se passava comigo. Suspirei, após um tempo tentando me recuperar de tudo que se passava dentro de mim.

— Nada, eu só tive uma semana difícil. — Dei de ombros. Não é que eu quisesse mentir para ela, eu só realmente não achava que conseguiria entrar no assunto sem desabar ali mesmo.

— L'a, L'a, L'a. Sua pé está sangrando, você estava chorando e seu casa está um bagunça de vidro bem grande, e diz que não é nada? — Ela disse, pegando minha mão e me puxando para andarmos até o sofá.

— Anda. Conta-me tudo. Jennie não lembrou? É isso?

— Podemos por favor não falar sobre isso? Porque eu realmente não tenho condição alguma de pensar ou entrar no assunto.

— Priya, eu só não quero te ver sofrer assim…

— Está tudo bem, eu estou ótima. Não tem ninguém sofrendo. — afirmei, ao limpar uma lágrima teimosa que escorreu, sorrindo levemente. —E, desculpa não ter preparado nada para receber vocês. Eu não sabia que vocês chegariam hoje.

Sete Virtudes DominantesOnde histórias criam vida. Descubra agora