Dinastias & Distopia - (Dynasties & Dystopia)

Dinastias & Distopia - (Capítulo 1)

"Um grande homem me disse algo, uma vez. Casa... nem sempre é a casa em que vivemos. São também as pessoas e coisas que escolhemos nos cercar. Eu escolhi ficar escondido, para me cercar de conhecimento na espera que isso pudesse me levar para casa. Eu escolhi restrição. Sutileza, apenas porque eu tinha medo de quebrar este mundo, suas pessoas, tudo. Aonde isso me levou?

É engraçado, realmente. Estou tão velho agora. E ainda não envelheci um único dia...

Mas eu ainda tenho misericórdia. Então me diga, por que vocês estão aqui?

O que traz vocês à minha casa?"

~ Apenas um Homem.

Dinastias & Distopia

Eles bateram na casa errada.

Esse pensamento singular baliu na mente de Vi como um animal selvagem, arranhando para sair enquanto ela tentava alcançar um lugar seguro. Tentava e falhava. Ela andou para trás, os olhos girando em sua cabeça. Mesmo assim, ela ainda tinha os meios para empurrar Powder e seus irmãos atrás dela. Ela não conseguia olhar para trás. Ela não ousou; apenas porque ela sabia que no momento em que tirasse os olhos daquela coisa ela estaria morta.

"Vocês realmente não deveriam estar aqui."

Ela olhou para o abismo e o abismo olhou de volta. Tinha o aspecto de um jovem na casa dos vinte anos, todo olhos azuis brilhantes e bochechas bronzeadas com bigodes emolduradas por uma bagunça de cabelo loiro arenoso. Seu corpo estava envolto em uma calça preta suja e um colete vermelho esfarrapado, o último deixando seus braços com cicatrizes nus. No momento, essas mãos estavam ocupadas com um par de pauzinhos e uma tigela fumegante de macarrão. Enquanto ela olhava, ele os abaixou e girou, erguendo os olhos da refeição com um suspiro.

"Bem?" As bochechas com bigodes formaram covinhas em uma rara carranca. "Nada a dizer?"

Mylo praguejou baixinho, mas pela primeira vez, Vi não conseguiu calá-lo. Ela teve vontade de xingar a si mesma. Droga, Ekko! Em retrospecto, talvez eles tenham cometido um erro; todas as casas em Piltover pareciam quase iguais. Apenas um inventor inofensivo, ele disse. Ninguém com quem se preocupar. Fraco e molenga. Esse cara não parecia inofensivo! Ela podia ver seus braços esguios, a graça sutil com que ele se movia, a longa faca presa às calças escuras. Talvez ele fosse um cientista, talvez não. De qualquer forma, ela não queria testar a sorte.

Vander a ensinou a ler as pessoas bem o suficiente, e cada sentido estava gritando para ela dar o fora.

O patrono - homem? Algo completamente diferente? - olhou para a tripulação heterogênea com um ar quase perplexo, como um gato encurralando um bando de ratos. Foi demais. Ela estalou.

"O que você está fazendo aqui?!"

"Eu?" o loiro resmungou em leve desaprovação. "Esta é a minha casa. Eu moro aqui. Então?" Uma sobrancelha loira se ergueu para olhar os quatro. "Por que vocês estão aqui?" Nenhum deles respondeu. Eles não ousaram. "Vieram me roubar? Já faz algum tempo que alguém tentou isso." Ainda assim, ele tagarelou. "Ou é apenas azar?"

Vi ouviu Powder choramingar atrás dela.

Tudo bem, acalme-se. Ela tentou negar seus instintos. Isso não foi nada. Ele era apenas um tipo chique de Piltover. Ele não poderia machucá-los. Ele provavelmente chamaria seus guardas, na melhor das hipóteses. Certo. Certo? Tudo isso voou pela janela quando o loiro sorridente se levantou e colocou sua refeição de lado. Não. Não tendo isso. Ela não confiou nele nem por um instante.

A varanda! Se eles pudessem apenas fazer isso-

Um braço a agarrou e a puxou antes que ela pudesse dar um único passo.