Capítulo 7- Aventuras e desventuras.

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Estava na hora de minha família ir embora da casa dos Thompson, o Sol estava se pondo. Eu cheguei no tempo certo por sorte, se eu andasse devagar eu provavelmente não chegaria à tempo.

...

-Tchau senhores, espero vê-los em breve!

Sorrio e despeço-me dos mesmos. Eu estava cansada e precisava me deitar, então não via a hora de chegar em casa e me jogar na cama. A todo momento eu pensava no Theo, urg. Ele dominou meus pensamentos e isso já estava ficando cada vez mais frequente... Eu nem conheço ele, mas sinto tanta vontade de conhecê-lo, será que ele sente o mesmo em relação a mim, ou será que ele pensa em mim também?

...

Um banho quente era tudo o que eu precisava, logo após isso, me jogo na cama enquanto folheio um livro qualquer, mas meus pensamentos estavam em outro lugar. O que poderíamos fazer amanhã no centro? O que importa é que vou me aventurar com Theo...

...

A manhã já havia chegado e eu acordei cedo, estava ansiosa para ir ao centro de Cambridge, então fiz minha higiene pessoal e desci.

-Acordou cedo hoje querida. -diz meu pai enquanto lê um jornal.

-Bom dia pai, eu apenas acordei com mais energia.

O café estava na mesa, mal toquei nele. Terei aula de música daqui uns minutos, o que será que Theo estaria fazendo? Pensando bem, eu não conheço nada sobre ele... É até estranho eu aceitar sair com um garoto que mal conheci.

...

A hora chegou e eu estava muito ansiosa, usei a mesma desculpa de sempre para meus pais, disse que iria na biblioteca como normalmente faço.

-Você veio mesmo! -falo enquanto vejo Theo caminhando em minha direção.

-É claro que eu viria, não deixaria você esperando...

Fico tímida com suas palavras, tínhamos que ir logo antes que ficasse tarde.

-Bom, espero que essa aventura seja boa!

...

Caminhamos até o centro que era mais movimentado do que o campo.

-Flores! Olhe só as flores! Compre um buquê e leve flores extras!

-Uma flor por favor. -Theo compra uma flor com um floricultor, eu não pude disfarçar o sorriso que veio no meu rosto, eram para mim provavelmente.

-São para v...... -Theo compra a flor e se vira para mim, me entregando a flor, mas logo ele olha para um ponto fixo e fica perplexo.

-São para mim?

Falo enquanto sorrio escancaradamente, eu nunca havia ganhado flores antes, isso me parecia incrível. Ainda mais vindas de Theo, ele era um verdadeiro cavalheiro... Mas parecia que ele estava vendo algo atrás de mim. Então olho para trás para ver o que ele tanto olhava. Tinha várias pessoas, mas uma garota de fios ruivos me chamou a atenção e parece que a do Theo também... Ela caminhava lentamente em nossa direção.

-Oi? Me desculpe, eu acabei de distraindo. -diz Theo quando volta sua atenção pra mim, parecia que ele estava preocupado com algo.

-Você estava dizendo sobre a flor.

Novamente ele olha para atrás de mim, dessa vez escuto alguém bem próxima de mim.

-Theo, você por aqui... Não esperava te ver no centro hoje.

Uma voz delicada passa pelos meus ouvidos, me fazendo virar para trás e ficar do lado de Theo.

-Beatrice... Também não esperava te ver por aqui. Está sozinha?

Ela o olha, em seguida olha para mim. Eu estava envergonhada, nunca enfrentei uma situação assim antes, eu não tinha a menor ideia de quem era ela.

-Eu estou, mas parece que você não... Então vou embora, foi um prazer te ver.

E se ela fosse alguma conhecida dele? Ou talvez amiga? Ou até mesmo namorada, mas acho que não, se fosse assim, Theo não me chamaria para sair com ele.

-Espere! Antes, leve essa flor com você.

Nessa hora minha expressão muda, eu estava quieta. A flor não seria para mim? Por que ele deu a flor a essa jovem moça? Isso estava estranho, era pra ser uma aventura e não uma desventura.

-Obrigada, você como sempre sendo gentil... -ela pega as flores e sorri gentilmente.

Eu não entendia o que estava acontecendo e pelo jeito nem queria entender. Observo a garota indo embora, assim como Theo.

-A flor era muito bela...

Falo afim de reatar a conversa que estávamos tendo.

-Me desculpe por isso, você deve estar me achando estranho agora.

Ele fala sem me encarar, eu apenas fico quieta já que eu realmente estava achando ele estranho.

-Tsc, você me disse que iria ter aventuras. Até agora não vi nenhuma.

Ele sorri com a minha provocação, já estava se acostumando comigo e meu jeito.

-Você é bem apressadinha senhorita Ella, mas vou te surpreender. -nesse exato instante ele segura minhas mãos e começa a me puxar para correr com ele.

-Ei, o que está fazendo? -digo enquanto corro acompanhando ele.

-Você vai ver, tenho algo para lhe mostrar.

...

Nós corremos em meio as pessoas, ele tinha me puxado. Isso era embaraçoso, mas era uma sensação diferente que eu nunca tinha sentido, algo bom eu diria até.

-Me dê suas mãos.

Ele diz isso enquanto sobe em algum lugar, era muito alto e ele subiu com a ajuda de uma plataforma que havia ali, ele esperava que eu fizesse o mesmo, mas hesitei.

-Você enlouqueceu? Como quer que eu suba aí encima... Posso cair e me machucar, seria deselegante.

Ele ri e olha para mim.

-Você não queria se aventurar mocinha? Então precisa se arriscar.

Eu gostava do jeito leve dele de ver as coisas, entrego minhas mãos para ele, que já tinha subido.

-Tsc, tome cuidado.

Ele me ajuda a subir, segurando em minhas mãos. Suas mãos eram fortes e precisas, mas ao mesmo tempo eram macias e cuidadosas.

-Suba essa escadaria junto comigo, você só tem que tomar cuidado para não pisar em falso.

-Aonde quer me levar?

Olho para ele um pouco desconfiada, mas nessa altura, só que restava fazer o que ele estava pedindo.

-Vai ver em breve.

...

a última LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora