ASL em: out of the closet

um homem &um saco de batatas!

𖧷

Sabo olhava para Koala, que estava dormindo ao seu lado. A garota estava se questionando se deveria voltar a dormir ou se ela se levantava e dava uma tragada no cigarro que estava na cômoda.

O jantar havia sido bom na medida do possível. Claro que Ace, Akainu e Garp se alfinetaram às vezes, da mesma forma que o ex-casal (Crocodile e Dragon), mas nada que não fosse parado por um Luffy chamando um dos dois.

Sabo levantou-se deixando seus pés irem de encontro ao chão frio, se repreendendo por não estar usando meias ou algo do tipo. O garoto abriu a gaveta à procura de seu cigarro e isqueiro, quando os encontrou, foi direto para a varanda – Depois de colocar um chinelo.

Uma forte tragada foi o suficiente para ele se desapertar por completo.

O relógio marcava 04:50 da madrugada. 

Antes de mais nada, cobriu Koala e deixou um beijo na testa da mais baixa sussurrando um breve “Eu te amo”. O rapaz loiro enfim saiu do quarto e foi na direção do quarto do irmão mais novo, não sabia se Ace estava no quinquagésimo primeiro sono ou na quinquagésima primeira quicada... Qual é, ele já havia visto isso uma vez, ele não iria querer observar a visão do inferno (que era o mais velho transando) mais uma vez.

A loira não precisou de muito esforço para chegar ao quarto do irmão, lá, ele apenas pulou na cama e deu um cutucão na orelha de seu irmão, vendo Luffy se remexer. 

Sabo então sussurrou no ouvido do irmão mais novo: “Ei, Luffy. Se você acordar agora, eu frito aquele pedaço de bife para você… Ou se você quiser, eu peço um Ifood.” Não foi preciso muito esforço, Luffy logo abriu os dois olhos e esperou “a alma voltar para o corpo” como diria Ace.

— Opa, por que não? — Luffy se levantou. — Vai querer falar sobre aquilo? 

Sabo concordou, assim, ambos desceram as escadas e foram pedir o lanche de Luffy, da maneira mais silenciosa possível.

(...)

Depois de meia-hora, o lanche de Luffy (que arrombou a poupança de Sabo) chegou… Estranhamente, de noite o garoto mais baixo parecia comer menos, ou o menino loiro só estava delirando de cansaço.

— Você teve outra crise? — Luffy perguntou, antes de enfiar dez batatas fritas na boca. 

— É, acho que sim… — Sabo disse se deitando no sofá. — Dessa vez um sentimento estranho veio junto, quase como se fosse o sentimento de culpa.

— Você está se sentindo pressionado a contar para o jiji, né? — O moreno disse enquanto comia.

— Não, só estou pensativo. Acho que não tem mais motivo para esconder do vovô. — O loiro disse passando a mão em sua cicatriz.

Sabo chamava sua cicatriz de renascimento. Pois no mesmo dia em que a recebeu, ele havia renascido.

Dragon havia salvado sua vida, e a partir daí, ocupava o posto de pai, algo que o menino nunca teve...

Sabo havia fugido de casa, mais uma vez. Seus pais biológicos eram loucos! Qual é, uma criança de 6 anos perceber isso, era doideira. O garoto achava que não tinha mais esperanças, desta vez, ele havia conseguido fugir pelo duto de ventilação… Ele estava machucado, e em seu lado esquerdo tinha uma queimadura (seu querido irmão Stelly que havia sido o responsável por tal, teve a brilhante ideia de brincar com fósforos, mas acabou não dando certo, pois ele conseguiu botar fogo na casa inteira) que doía muito.