Capítulo 18

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A Sala Precisa estava vazia, exceto por uma grande cadeira de madeira, colocada diretamente no centro da sala. Quando Draco a colocou em pé, Hermione viu, com pânico crescente, que a cadeira tinha largas tiras de couro com fivelas presas aos braços e às pernas.

"Eu poderia simplesmente deixá-la presa ao corpo", disse Draco. Ela ouviu o estrondo profundo e ressonante da porta se fechando atrás deles. "Mas acho que isso vai ser mais divertido."

Quando ela estava completamente ereta, ele apontou sua varinha para ela e pronunciou: "Finite Incantatem". Hermione sentiu um formigamento; ele havia removido a trava de perna e os feitiços de silenciamento. Com apenas um momento de hesitação, ela se afastou em direção à porta, mas, quando chegou lá, descobriu que ela estava firmemente fechada. Draco a havia protegido. Ela puxou o trinco e bateu nele, gritando: "Socorro, alguém, por favor!", mas a porta não se moveu e ela teve uma suspeita desagradável de que ele também a havia protegido contra o som.

Ela se virou de volta para encarar Draco, que estava sorrindo enquanto observava seus esforços. "Draco... o que aconteceu com você?", disse ela, encostando-se na porta, colocando o máximo de distância possível entre eles. Draco sempre foi um espinho irritante para ela, mas nunca foi um psicopata. Agora parecia que sua mente tinha se soltado completamente das amarras.

"O que aconteceu comigo?", ele imitou. "Você é uma garota inteligente, Granger. Não sabia?" E então ele arregaçou a manga da camisa e a mostrou a ela. A Marca Negra, pálida e profana, queimava em seu antebraço.

"Oh, Deuses", ela sussurrou, "o que eles fizeram com você?"

Uma sombra cruzou seu rosto. "Nada que você precise saber, sangue ruim", disse ele. Ela pressionou a porta, querendo que ela se movesse, mas ela era dura, resistente, inabalável.

Ele fez um gesto para um ponto em frente à cadeira. "Fique aqui."

Ela não se moveu.

Seu lábio se curvou e ele disse: "Agora, Granger", mas ela continuou sem se mexer. Seus lábios se afinaram e, antes que ela tivesse tempo de reagir, ele apontou sua varinha para ela e disse: "Crucio".

O mundo de Hermione explodiu em dor. Seus joelhos se dobraram e ela caiu no chão em um grito agonizante. Durou apenas um ou dois segundos, mas a deixou ofegante e tremendo incontrolavelmente. Foi pior, muito pior, do que quando Snape o lançou sobre ela; ela percebeu que Snape deve ter se contido, deve ter facilitado as coisas para ela.

Ela havia lhe implorado pela morte. E ele estava se segurando.

Tenho de sair daqui. Draco vai me matar.

"Fique em frente à cadeira e faça isso agora", disse Malfoy, com a voz trêmula. Sua varinha tremia quando ele a apontou para ela.

"Muito bem, Draco." Ela falou como faria com uma criança segurando uma faca afiada.

Ela se levantou devagar, com cuidado, ganhando tempo, antes de se virar para encará-lo em frente à cadeira.

"Tire as vestes", disse ele.

Oh, Deuses, não, por favor, não.

"Por favor, Draco. Você não precisa fazer isso", disse ela.

"Oh", disse ele, como se estivesse pedindo uma pena emprestada, "você gostou do Cruciatus?" E então, com um sorriso torto, ele disse: "Foi tão bom quanto quando Snape fez isso com você?"

A cabeça dela se ergueu de surpresa. Ele deu uma risadinha. "Ah, sim, eu sei tudo sobre isso. E sei o que você deveria fazer com ele. Eu sei de muitas coisas, Granger."

Forged in Flames | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora