Capítulo 27

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Severus Snape estava correndo o mais rápido que podia. Não era a primeira vez que ele amaldiçoava as proteções antiaparições que Dumbledore havia colocado em Hogwarts. Sete andares desde as masmorras até a Sala Precisa. Sete andares, e ela já tinha saído há pelo menos meia hora.

Ele subiu os degraus três de cada vez, passando por um grupo de Corvinais de boca aberta, sabendo que era muito longe, sabendo que não conseguiria correr rápido o suficiente. Sabendo que ela já tinha ido embora.

E sabendo que o dia de hoje terminaria em morte. De quem, ele ainda não sabia.

Quando chegou ao sétimo andar, ele passou três vezes em frente à porta, desejando que fosse o telhado, com a varinha em punho e pronto para começar a atirar na porta se ela permanecesse fechada.

Mas ela se abriu facilmente, revelando o telhado vazio, com nada além da brisa soprando sobre os pilares de pedra. Ela havia desaparecido. Nas mãos de Voldemort e seus Comensais da Morte.

Ela pode já estar morta. Ele sentiu uma grande fenda negra ameaçando se abrir dentro de si, mas a conteve com a força da lógica, com a racionalidade. Voldemort não a mataria até que tivesse extraído de sua mente tudo o que ela sabia sobre Snape. A garota era razoavelmente habilidosa em Oclumência; talvez ela conseguisse deter até mesmo o Lorde das Trevas por algum tempo.

Pouco tempo.

Ele tinha acabado de começar a considerar a melhor maneira de se aproximar da Mansão Malfoy quando a Marca Negra em seu antebraço ganhou vida, contorcendo-se e retorcendo-se com uma dor muito familiar. Ele riu, um som amargo e histérico.

"É claro", disse ele em voz alta para o telhado abandonado. "É claro."

Chega, ele disse a si mesmo. Controle-se. Ele endireitou a postura, assumiu uma expressão fria e severa e usou cada minuto de seus anos de treinamento e prática para afastar o medo e o pânico de sua mente.

"Se você a quer", ele soprou para o ar, "terá que passar por mim para fazer isso".

Ele deu as costas para a sala no telhado e saiu dela para descer as escadas tão rapidamente quanto havia chegado. Logo, ele deixou Hogwarts por completo, a caminho da aparição, para o que provavelmente seria seu último encontro com Voldemort.

Para o bem ou para o mal.

.

Ginny Weasley chegou à torre do Diretor corada e sem fôlego, gritando: "Professor Dumbledore! Professor Dumbledore, preciso falar com o senhor!" Mas, assim que ela se aproximou da gárgula de pedra que guardava as escadas, o próprio Diretor apareceu na escadaria trazendo Ron e Harry atrás de si.

"Srta. Weasley", disse ele, com seu tom genial habitual temperado com preocupação. "O Sr. Potter e o Sr. Weasley me informaram que a Srta. Granger está desaparecida."

Ela assentiu com a cabeça e lhe entregou o pergaminho de Snape. "Isto é do Professor Snape, senhor. Ele disse que o senhor deveria lê-lo." Dumbledore estendeu a mão para pegar o pergaminho da menina de olhos arregalados. Ela disse: "Ele disse que a hora é agora".

Dumbledore focou seus olhos nela. "A hora é agora?", ele repetiu.

"Foi o que o professor Snape disse, senhor."

Dumbledore desenrolou o pergaminho e começou a ler. "Onde está o Professor Snape?", perguntou ele, enquanto lia as primeiras linhas.

"Não sei, senhor", disse Ginny. "Ele parecia... chateado."

Dumbledore olhou para o pergaminho com uma sobrancelha arqueada. "Interessante", disse ele. "E, preocupante." E então, enquanto lia, sua expressão mudou rapidamente para surpresa e depois para alarme.

Forged in Flames | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora