Capítulo 8- Demissão planejada

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Tinha se passado uma semana desde de que entrei em conflito com o caçula da família Wayne, claro, eu não me arrependo de ter discutido, afinal, tenho amor próprio e nunca deixaria que falassem de mim daquela forma. Porém não tive mais contato com ninguém da mansão, foquei 100% no trabalho, sem pensamentos sobre família, vigilantes e milionários, estava tudo indo muito bem aliás, não discuti com nenhum cliente e não precisei recorrer a expulsão do bar nenhuma vez na semana também, tudo estava caminhando bem, mas é claro que teria que acontecer alguma coisa.

Estava trabalhando em uma madrugada de sexta para sábado, esses são sempre os dias em que o bar fica super lotado e barulhento, apesar de tudo estava conseguindo atender bem os clientes, eu e mais um funcionário que normalmente fica na cozinha, mas hoje veio me ajudar, meu turno estava acabando, ou seja, era por volta de uns 3 horas da manhã, quando escutei uma briga e alguns clientes dizendo coisas como: "Acaba com esse moleque", "Aposto que ele não aguenta um soco" e coisas do gênero, felizmente ou infelizmente já tinha lidado com muitas brigas do estabelecimento, então eu fui a encarregada de resolver mais aquela. Foi nesse momento que eu parei entre os dois homens, um deles parecia um jovem adulto, e o outro um cara de quase 40 anos, estiquei meus braços para os lados e disse em alto e bom som:

"Por favor, senhores, sem brigas aqui dentro, já sabem as regras, lutas e rachas são apenas discutidos lá fora."

Instantaneamente tive a atenção deles em mim, o mais velho me olhou com desdém, essa hora foi quando o reconheci, ele é um dos frequentadores assíduos do bar, sendo considerado um tipo de manda chuva no lugar, eu sinceramente não sei o que aquele garoto fez para o provocar, mas tenho certeza que ele teria apanhado feio Quando escutei o homem falar:

"Saia do meio princesa, podemos nos divertir depois, mas agora tenho que acabar com a raça desse moleque."

No instante que ele colocou a mão no ombro para me tirar da frente eu agi por reflexo, utilizando uma técnica de imobilização, que foi simplesmente, pegar seu braço e acertar um dos nervos fazendo com que ele perdesse a função momentaneamente, dei um pequeno sorriso. Mas meu sorriso morreu no segundo seguinte, quando eu percebi o que tinha feito, acabei de imobilizar a carteira ambulante do meu chefe, me arrependi profundamente, mas foi tarde demais, apenas escutei o grito do meu chefe.

"SUA MISERÁVEL, O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, VOCÊ POR ACASO VIU O QUE FEZ ? ESTÁ DESPEDIDA, NÃO OUSE APARECER NA MINHA FRENTE NEM PINTADA DE OURO SUA VADIA."

Quando escutei isso, meu mundo caiu levemente, mas antes que pudesse falar alguma coisa me senti sendo puxada para trás pelo jovem que eu tinha acabado de salvar, e levada para fora por ele e mais um cara, que depois percebi serem Dick e Jason, não tive outra reação senão dizer:

"SEUS MALUCOS, O QUE DEU NA CABEÇA DE VOCÊS ? EM APARECEREM AQUI, E AINDA MAIS NO NO MEU LOCAL DE TRABALHO E COMPRAREM UMA BRIGA, AGORA EU ESTOU SEM UMA FONTE DE RENDA POR CULPA VOCÊS SEUS IRRESPONSÁVEIS."- O primeiro a falar foi Jason

"Você nem gostava do seu trabalho, porque está reclamando tanto ?- Em seguida foi a vez de Dick se pronunciar"

"E também como irmãos mais velhos tínhamos a obrigação de livrar a senhorita daquele lugar, além de que o "Sr.Wayne" como você diz, já estava dando falta da vossa senhoria e pediu para te levarmos para casa."- Fiquei totalmente sem reação mas respondi

"Em primeiro lugar, a questão não é eu gostar ou não do meu trabalho, a questão aqui é que fiquei em um lugar para trabalhar e pagar minhas contas, em segundo lugar não sou irmã de vocês e em terceiro, não vou para um lugar onde não sou bem vinda."

"Se está falando do Damian esse assunto já foi resolvido, ele apenas estava preocupado com a segurança de todos, e apenas demostrou do pior jeito possível."- O mais velho falou

"Sabe... ele não mentiu... na parte que eu posso colocar todos em perigo, vocês já sabem quem são meus pais, eles nunca me procuraram a vida inteira, mas tenho certeza que agora que eu fui adotada eles vão vir atrás, apenas para destruírem a família, como se fosse para marcar uma posse sobre mim, uma coisa como sou apenas deles e tals... sabe como é, pais psicóticos."

"Ora irmãzinha, essa sua preocupação é válida, mas não se esqueça quem somos e além do mais, seus pais estão presos e não tem previsão de sair.''

"Nós dois sabemos que é apenas questão de tempo até que eles se libertem, aliás não só nós dois mas toda a família e comunidade suja de Gotham."

Depois de minha fala, andamos pelas ruas em silêncio absoluto, apesar de não querer ir para a mansão eu sabia que lá independente do que fizesse seria o lugar o qual eu chamaria de casa, e claro esses caras nunca me deixariam escapar. Andamos por mais 5 minutos e entramos em um carro simples, porém tenho certeza que é caro, ora não julguem, não sou fã de automotivos. Seguimos caminho em velocidade padrão até a área nobre da capital, quando olhei para aqueles portões, meu único pensamento foi, "Olá de novo mansão"

Angel of DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora