Capítulo 21- Um amor para chamar de meu

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Havia se passado um mês e meio desde o confronto contra meus pais e também um mês e meio desde a prisão da minha mãe, eu já fui a visitar quatro vezes, ela está mais triste e menos falante, não sei se é porque eu que a prendi indiretamente ou por que ela se sentiu traída com o ato do meu pai de simplesmente fugir sem a ajudar. Mas sinto que com o tempo ela voltará ao seu estado normal e espero que mais lúcido, enquanto isso não acontece eu faço visitas a ela, justamente para saber que não está sozinha. De resto tem tudo corrido normal, tenho feito patrulhas a noite tendo Damian como meu parceiro, ele que agora inclusive está indo em todas rondas da madrugada, ele parece feliz com isso. Eu também comecei a estudar em um colégio físico, meu foco de curso é psiquiatria, quero seguir os passos de minha mãe, os passos de antes dela surtar e tudo mais, estou inclusive fazendo aulas de francês e portugues, além de ter desenvolvido como hobby a ginástica artística tive inclusive o total apoio de Dick nessa decisão.

Hoje era sábado, ou seja, de manhã tenho Damian em casa e de noite temos sessão de filmes com o resto da família, já tinha tomado café da manhã e feito minhas tarefas tanto do colégio quando dos cursos de línguas estrangeiras, estava descendo para a caverna, com um look simples e elegante, estava com os cabelos presos em uma maria chiquinha alta, uma saia vermelha de botões brancos que ía até o meio da coxa, uma blusa preta, jaqueta também preta e bota de salto médio também preto. Quando cheguei lá encontrei Damian na frente dos computadores, provavelmente procurando alguma pista do meu pai, em todo esse tempo ele não deu mais sinais de vida, esse fato estava preocupando a todos, mas em especial o pequeno prodígio a quem criei uma conexão tanto em batalhas como fora delas.

"Está procurando por ele ainda pequeno demônio ?- Perguntei dando uma meia massagem em seus ombros tensos."

"Não temos notícias dele há um mês, estou preocupado com isso, e você não pode me culpar por isso."

"Óbvio que não posso, mas posso dar um sermão em você por não estar brincando com titus, seu Pastor alemão que está sendo negligenciado a um bom tempo e Alfred não tem mais idade para ficar correndo com cachorros pelo bairro.- Falei puxando sua cadeira para trás e ficando de frente para ele apoiada na mesa dos computadores e cruzando os braços."

"Você está certíssima como sempre, senhorita Quinzel.- Falou soltando um riso"

"Eu sei."

Então em um movimento inesperado ele puxou minha cintura e colocou sua cabeça encostada na minha barriga, havia se tornado um hábito ele fazer esse tipo de coisa , eu confesso que acho fofo, então sempre que isso acontece eu me encarrego de apenas acariciar seus cabelos e esperar ele dizer o que quer dizer. Afinal esse ato é sempre feito por ele quando quer falar alguma coisa.

"Como está sua mãe ?"

"Ela... ela... ela está triste- disse soltando um suspiro- não sei por qual motivo, mas sei que está, nessas vezes que eu fui lá me encarreguei de falar como estavam as coisas no mundo do lado de fora, contar como andam sendo as aulas e tudo, só teve um momento em que ela sorriu um pouco que foi quando falei que estava seguindo os seus passos e focando no curso de psiquiatria, ela estava feliz por mim, afinal ela já tinha me falado antes que eu teria um futuro brilhante, na minha próxima visita estava pensando em fazer uma tarde de beleza com ela, a prisão psiquiátrica permitiu que eu fizesse isso, acho que vai elevar o astral dela."

"Isso é bom, a relação entre você e sua mãe tem evoluído aos poucos, faz bem para o estado mental dela."

"Ora mocinho, não pense que vai me fazer esquecer, vamos, o que quer me falar ?- Ele ficou tenso por alguns segundos, mas depois relaxou"

"È realmente impossível esconder algo de você, sabe, já faz um tempo que queria te contar isso, mas nunca achei o momento certo, mas acho que agora é um bom momento, eu gosto de você, no começo eu pensei que meu carinho era porque você se parecia com minha mãe, igual eu te falei na noite do baile, mas quando a senhorita foi por conta própria com seus pais, eu percebi que nossa conexão e o que eu senti por você, não era só um carinho, não, você acendeu mais que um carinho no meu coração, você acendeu o tão falado amor em mim."

Depois dessa declaração eu apenas ergui o seu rosto e o dei um selinho, logo em seguida segurando sua mão e o guiando para fora da caverna.

"Vamos meu amor, temos que levar nosso cachorro para passear antes que Tim chegue da faculdade. "

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