Carta 5

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Acho que nunca aprendemos, não é?

Levamos tudo a sério demais, quando sentimos deixamos aquilo fluir por nós e nos controlar como se fossemos um carrinho e as emoções tivessem o controle.

Conheci o orgulho, a insegurança, a insuficiência, o medo...

Te vi indo dos meus pensamentos e se tornando uma sombra, como se os dias sombrios tomassem forma novamente, vi você se tornando o vazio do meu coração.

Tudo porque não sabia em que medida deveria sentir você, qual passo deveria dar, como eu deveria te amar.

Acho que o início foi tão confuso, que o meio se tornou apenas sem sentido, duas almas apaixonadas sem saber como agir, duas pessoas querendo sentir mas não sentindo o que a outra precisava.

Nosso pior momento, foi quando aceitamos o que tínhamos ali, pois a realidade se tornou tão aparente, que eu temi, temi não poder dar mais um passo, temi ter que deixar você ir porque eu não seria o suficiente nem o certo, temi quando vi que você superaria mais fácil do que eu caso chegamos a um fim.

Criamos um abismo onde despejamos todas as partes ruins que nos dominavam, ele cresceu e cresceu logo, uma parede invisível foi criada, e em uma distância tão pequena, havia tanta profundidade.

Esse abismo, era o mundo.
Esse abismo, eu deixei surgir, e você indiretamente o alimentou comigo, não pude dar um adeus decente ao nosso início, mas poderia recuperar a confiança no nosso agora, ou tentar, tentar fazer você florescer como a rosa branca que você era.

Acho que nunca aprendemos, não é?

Cartas Que Nunca Te EnviareiOnde histórias criam vida. Descubra agora