"Para todo o sempre"

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Brunna's POV:

Já tinham duas semanas que Ludmilla estava em coma induzido, durante esse tempo eu estava sempre no hospital, as vezes pegando até cirurgias noturnas, apenas para que assim que eu saísse delas, eu pudesse vê-lá. Ela não se mexia, ela não me respondia, mas ela estava lá, independente de qualquer coisa, ela estava lá.
Eu me preocupava à cada dia mais com sua recuperação, ao meu ver, Ludmilla deveria estar bem, seu organismo já deveria estar rejeitando o fato de estar em um coma induzido fazendo com que a mesma estivesse acordada neste exato momento, e isso me preocupava, mas eu continuava ali ao seu lado.
Tive que me explicar para Amélia, que era uma de minhas melhores amigas no hospital, e ela quase caiu da cadeira quando eu contei quem Ludmilla era, mas me apoiou e prometeu não esconder nada sobre o caso de Ludmilla, o que era extremamente importante.

Notei que Caio anda um pouco desconfiado do fato deu estar trabalhando todas as noites, mas ele nunca abriu a boca para reclamar de algo, porém eu não queria que abrisse, então essa noite eu não ficaria no hospital, eu iria para casa ficar com meus filhos e Caio.

[...]

Brunna's POV:

Estava em casa me divertindo com as crianças, eles estavam me ajudando a preparar o jantar e Caio estava sentado no sofá assistindo futebol.

Jantamos todos em perfeita harmonia, tratamos de ir para o sofá e assistir algum desenho, logo as crianças começaram a adormecer no sofá, peguei Jasmine no colo e Caio foi pegar Michael, que acordou em um solavanco.

- Não precisa me levar no colo, posso ir andando. - observei Michael que a cada dia se mostrava teimoso e implicante como Ludmilla.

- Michael, não é assim que se fala, Caio estava apenas tentando fazer uma gentileza.

Peça desculpas. - olhei para o mesmo que semicerrou os olhos, e aquilo me indicava que ele não havia gostado de meu pedido.

- Desculpa. - disse e subiu as escadas sozinho.

Caio apenas observou a cena e vi que subiu em direção ao nosso quarto.
Coloquei Jasmine que estava totalmente apagada em sua cama e me dirigi até a cama de Michael.

- Filho, você não pode o tratar assim. - falei cobrindo seu corpo com o cobertor.

- Mamãe, quando que você vai nos mostrar nosso verdadeiro pai? - aquele pergunta me fez arregalar os olhos, eu sabia que Michael e Jasmine eram extremamente inteligentes, não era atoa que eles já haviam pulado uma série, mas não achei que seria empurrada na parede por algum deles.

- Por que quer tanto saber disso?

- Eu quero ver se eu puxei algo dele, não é possível que não tenha puxado, me perdoe mamãe, mas eu não pareço nada como a senhora, seus olhos são pretos, sua cor  é a mesma que a minha, e mas o jeito de ser, a senhora é tão calma, tão doce e paciente e eu sou tão... eu não sei como sou, só não sou igual a senhora, devo parecer com meu pai.

- Michael, você é meu filho independente de qualquer coisa, e não é um pai, é outra mãe.

- Outra mãe? E eu me pareço com ela? - perguntou animado.

- Você parece com ela, não só fisicamente, mas seu jeito de ser também é totalmente dela.

- A senhora pode me mostrar ela? Por favor?

- Tudo bem, mas que isso fique entre nós dois por enquanto, promete? - ergui meu dedo mindinho esperando por sua resposta.

- Prometo de dedinho, mamãe.

- Espere aqui.

Falei indo em direção ao meu quarto e assim pegando minha carteira.

- Qual a necessidade da sua carteira? Vai trabalhar?

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