A SÓS

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Entro no meu quarto e só penso em entrar no chuveiro e deixar a água cair sob meu corpo levando consigo tudo o que aconteceu hoje.

Ligo o chuveiro e logo lembro que ele quebrou está manhã, então visto o roupão e vou para o banheiro do corredor.

Entro no banheiro que é um pouco menor que o meu, abro o meu roupão e levanto a cabeça para ir para o chuveiro. E fico pálida no mesmo instante: o professor Ethan está imóvel na minha frente.

- O que você está fazendo aqui? Interrogo enquanto amarro o meu roupão já sabendo que o professor viu o meu corpo nu.

- Desculpa, de verdade. Diz ele enquanto vem em minha direção e me encurrala na parede.

Fico entre a parede e seu corpo, que está há centímetros do meu, sinto o seu cheiro quente com notas cítricas, consigo ver seus músculos bem definidos embaixo da camisa social preta e não tento sair dali.
Ele delicadamente levanta o meu rosto, olha dentro dos meus olhos, coloca uma mexa do meu cabelo atrás da orelha e dispara: - O que você tá fazendo comigo?

Não consigo responder; sinto minha garganta seca, meus lábios se abrem implorando para que ele me beije. Então ele passa os seus dedos quentes delicadamente e lentamente contorna os meus lábios, pousa a sua testa sob a minha e sai.

Fico ali parada sentindo os meus lábios adormecerem, enquanto o meu corpo está totalmente arrepiado e percebo que estou excitada.

Tomo um banho demorado, volto para o meu quarto e me jogo sobre a cama repassando tudo o que aconteceu.

Uma luz enorme bate em meu rosto, abro com dificuldade os meus olhos e vejo que já é dia. Dormi de qualquer jeito e acordo com torcicolo.

São sete horas então saio correndo mais uma vez para o banheiro do corredor, e logo me lembro de tudo que aconteceu na noite anterior; passo a mão nos meus lábios e ainda é possível sentir o toque dele e o cheiro cítrico impregnado no banheiro.

Saio logo dos meus pensamentos, tomo um banho rápido e agradecida porque hoje eu não tenho aula de química.

Vou até o closet a procura de uma roupa leve e fresca, pego um vestido florido amarelo, de alça, calço um tênis branco, solto o meu cabelo e saio correndo.

- Bom dia Papai, bom dia mamãe. Hoje não irei tomar café, já estou super atrasada para a primeira aula.

- Angel não vem te buscar? Questiona o meu pai.
- Ela dormiu na casa do Tom, fica contra mão pra eles,eu os encontro lá, o senhor pode me levar?
- Claro minha boneca, como quando você era criança, mais você precisa usar o seu carro, um conversível novinho e você não usa.

Entramos no carro, no caminho percebi o meu pai olhando para mim de lado e eu sabia que ele queria falar alguma coisa.
- Fala Sr. William Lourenço, tem algo que queira falar que eu sei. Falo em tom de deboche .

Ele respira fundo por um instante, olha para mim e volta o olhar para a estrada, ali eu sinto que tem algo sério acontecendo e me arrependo de ter perguntado.

- Filha, porque você ficou tão assustada quando entrou em casa ontem e viu o Ethan na nossa sala? Dispara o meu pai me deixando em estado de choque e me fazendo lembra que nós dois temos uma ligação extremamente forte a ponto de um saber o que o outro pensa sem precisar falar nada.

- Então... Começo. Na verdade eu tomei um susto, você e mamãe tem os mesmos amigos há anos, ver outra pessoa lá em casa foi um pouco estranho. Falei na tentativa de convencê-lo com aquela desculpa.

Ele acena com a cabeça e apenas concorda, logo chegamos no campus e vejo Angel vir correndo. Dou um beijo na bochecha do meu pai e vou em direção a ela.

- Uau! Que deusa dos campos, você tá tão iluminada, nem parece a nuvem negra que saiu do café ontem. Disse Angel me abraçando.

- Aí amiga, desculpa por ontem, eu não estava bem. No intervalo a gente se fala preciso ir a biblioteca antes da aula começar, beijos.

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Nossa menina, não é tão menina assim, por quanto tempo eles conseguirão resistir ?

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