PRAZER

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Chego a biblioteca com tempo e um pouco suada, vou até o balcão onde está a Sra. Nency. Ela tem aproximadamente cinquenta anos, e é responsável por todos os livros da biblioteca. Seus olhos verdes e pele clara ressaltam seu cabelo grisalho na altura do ombro com cachos perfeitos feito por bobs.

- Bom dia Sra. Nency, como está?
- Bom dia doce Anne, estou ótima! Exclama com um lindo sorriso no rosto.
- Querida, te chamei aqui pois a diretora me deixou encarregada de apresentar para você a nova coordenadora da faculdade,  ela quer mudar algumas coisas na biblioteca, e como é você que sabe onde fica cada livro e ajuda os outros alunos com isso, ela gostaria que você a conhecesse e trabalhemos juntas.

Vejo uma mulher de corpo exculttural entrando, ela tem pele parda, olhos amendoados, seu cabelo abaixo dos ombros com mexas claras dão um destaque especial em seu vestido tubinho preto e saltos nude.

- Oi, eu sou Margot Stills, prazer. Seus dentes perfeitamente alinhados brilham tanto quanto o colar dourado no seu pescoço.

-  Anne Lorenço. O prazer é meu, tenho certeza que faremos um ótimo trabalho.

Ficamos alguns minutos conversando e o seu senso de humor me impressiona, Margot é uma mulher linda e bem humorada.
Saio da biblioteca em direção a minha sala para a primeira aula, encontro Tom no corredor e vamos juntos até lá.

Chegando, me deparo com Ethan. Não pode ser, hoje não tem aula de química o que ele faz aqui? Penso.

Os nossos olhares se encontram e eu coro instantaneamente.

- Bom dia turma, hoje não temos aula de química, porém está vindo um furacão categoria 4 para Vínix e o diretor pediu para que todos os professores adiante o conteúdo pois não sabemos quando iniciará o toque de recolher. Diz ele .

A turma começa a ficar inquieta e começo a tremer pois tenho trama de furacão.

Saio pelos corredores sem destino, só consigo correr.
Entro em uma sala vazia, procuro ar, não consigo respirar, sinto o meu corpo tremer, consigo ouvir gritos e forte barulho de vento, deixo o meu corpo cair no chão e começo a chorar.

Uma porta se abre atrás de mim, ouço alguns passos mais não tenho forças para olhar pra trás. Sinto alguém me abraçar  por trás, enquanto estou sentada no chão, olho para baixo e reconheço aqueles braços imediatamente. Ethan.

Meu choro só piora, agora não sei se é de raiva ou pavor, eu só permaneço ali, com as unhas cravadas em seu braço como se ele fosse meu único porto seguro.

Alguns minutos se passam e finalmente consigo ficar de frente pra ele, que segura a minha cabeça firmemente e olha dentro dos meus olhos sem falar nada.

Ele me puxa para mais perto de si e fico enterrada em seu peito ouvindo o quanto o seu coração está acelerado. O meu único desejo é que o tempo pare e eu fique aqui até tudo passar.

- Ei, olha pra mim. Ele quebra o silêncio e pega o meu rosto me fazendo olhar dentro de seus olhos. Então ele continua.

- Não sei porque ficou assim e não precisa falar se não quiser, mais vai ficar tudo bem, me perdoe por não ter cuidado em falar sobre o furacão.

O seu olhar passa tranquilidade e ao mesmo tempo vejo que ele está preocupado.
Ethan seca as minhas lágrimas, encosta a sua testa na minha e fica  imóvel com os olhos fechados e  o cenho franzido; tento decifrar sua expressão, mais é em vão.

Então ele se levanta, estende a mão para mim, eu a seguro e levanto fitando os seus olhos implorando por um abraço.
Como se ele soubesse o que o meu olhar quer dizer,  ele me abraça, coloca  meu cabelo atrás da orelha e sai logo em seguida.

Fico parada digerindo tudo, o que acabara de acontecer. Percebo que de todos os prazeres que uma pessoa possa ter. O de se sentir protegida é um dos melhores que há e como  é bom poder desfruta- lo.

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Esses contatos físicos não vai dar certo😈😈😈

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