Capítulo 5

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Adriel Rurik

- Onde você estava? – Perguntou Tayran me assustando assim que passei pela porta da mansão.

O olhei irritado pela audácia de me questionar, no fundo eu sabia que ele tinha plena consciência de onde eu estava. E eu estava a odiar a forma em como ele passou a me tratar, de alguns anos para cá.

Meu irmão já é um homem de trinta anos, solteiro por ser incapaz de tratar alguém bem, ele é o famoso macho alfa hétero, carrega uma beleza considerável, e não se faz de rogado ao esbanjar dinheiro. Braço direito de meu pai na máfia italiana, e diferente do meu pai, ele não mata sorrindo. Suas armas é tão mais letal quanto suas falas autoritárias.

Dei as costas para ele, finquei minha testa ao sentir seu aperto em meu braço ao me puxar. Permaneci o olhando tão mais imponente que ele. Ele poderia assustar outras pessoas, mais não a mim. Levei meus olhos para sua mão o obrigando a me soltar.

- Ele não é bom para você. – Disse me fazendo sorrir.

- Eu sei o que é ou não, bom para mim.

- Não quero que se machuque. – Insistiu assim que lhe dei as costas mais uma vez. Voltei meu caminho parado mais uma vez de frente para ele.

- Não se meta na minha vida. – Expressei de forma rude ao agitar minha mão.

Fiquei o olhando, e vi o exato momento em que sua mandíbula trincou. Ele tinha raiva, e eu o compreendia, mandar em mim não era uma opção. Lhe dei as costas mais uma vez ao seguir meu caminho, joguei meu cabelo para trás assim que parei ao lado de meu pai, beijei sua bochecha, e mal me importei da forma imponente que ele olhava para Tayran.

Meu desejo era chutar a bunda dele.

Prendi meu cabelo em um coque assim que entrei em meu quarto, me joguei na cama suspirando ao sentir o formigar do meu dedo, que sensação genuína sentir a arte do rosto de Enzo tão mais de perto.

Um deleite ter sentindo seu desconcertar, ele mal respirava ao me deixar investigar. E eu buscava por mais manchas, buscava por mais detalhes sobre seu corpo. Gostaria de poder sentir sua mão preta e branca passeando em meu corpo.

Levantei meu vestido, e ele mal teve o prazer de ver minha calcinha de renda. Deslizei minha mão por minha intimidade dura, e meu pau já saia fora da calcinha. A retirei me deixando livre de seu aperto, e como eu queria ter sentindo seu deslizar em mim.

Mais Enzo, não era como os homens que eu estava acostumado, ele carregava uma doçura, e um respeito estressante. Queria o sentir me possuir, queria sentir o gosto de seus lábios avermelhados, queria tudo que ele estivesse disposto a me dar.

E eu conseguiria isso.

Ainda que no final eu vá embora.

Pois eu sempre iria embora, e não seria ele a me fazer agir diferente.

*************

Balancei minha cintura acompanhado o som da música que tocava no som da sala, e aprender a dança do ventre sempre me foi quente, gostava de sentir os olhares dos seguranças para mim, gostava de deixar meu irmão bem mais irritado, e Tayran era tão ciumento, que se pudesse matava qualquer um que ousasse me olhar.

Meu cabelo ruivo balançava acompanhando meu balanço, e eu não fiz questão de parar quando vi Enzo chegar. Não entendia do porquê dele passar a vir conversar com meu pai, mais gostava de pensar que todo seu esforço era somente para me ver.

Deslizei meus pés os forçando a ir até ele, meu pai estava sentado confortavelmente bebendo ao me olhar, e acredito que meu pai gostava de me ver dançar, pelo fato de se lembrar de minha mãe, e o mesmo dom para as pinturas eu havia herdado dela. Era tão brilhante, onde muitas obras expostas, havia sido vendidas para diferentes galerias pelo mundo.

Minha mãe era natural da Arábia, carregava consigo uma força da natureza genuína, assim como um amor pela vida.

Minha mãe foi assassinada, foi usada como forma de afligir meu pai. E ele daria sua vida pela dela, e esse era meu grande despeito com a máfia, mais entendia que uma vez dentro, não tem mais como sair, e quem ousar querer sair, sai, mais sai morto.

- Oi. – Cumprimentou ele me sorrindo.

Devolvi seu sorriso sem parar de dançar, e eu adorei a forma intensa em qual ele me admirava. E eu gostava muito disso. E gostava bem mais de ter vindo dele.

Rodei seu corpo deslizando minha mão por sua cintura fina, me afastei o deixando desconcertado pelo atrevimento. Sorri ao descer meus olhos por seu corpo, e mesmo tentando esconder, eu percebi seu pau duro marcando sua calça.

Delicioso negresco.

- Vamos ao meu escritório Enzo. – Chamou meu pai se levantando.

E os dois se foram me deixando.

Passei meus olhos pela sala encontrando Tayran me olhando, e no fundo eu entendia meu irmão. Ainda que eu odiasse suas atitudes, eu compreendia, no fundo ele se sentia tão mais culpado que meu pai pela morte de nossa mãe.

Ele sabia que eu não precisava de toda essa proteção, ainda que eu seja mudo, eu sei me defender sem precisar de minha voz para o fazer.

Fui até ele o puxando para dançar comigo, e mesmo sem jeito ele o fez, como em todas as vezes. Eu amava meu irmão, o amava tão igual quanto amava nosso pai. Entendia seu cuidar, e ainda que seja um homem grosseiro, fazia de tudo para me tratar bem. E tinha sido ele a permanecer em pé, enquanto eu e meu pai desabava ao enterrar a mulher mais importante de nossas vidas.

Suri Rurik, foi uma mulher incrível, uma mãe e esposa maravilhosa, seu legado permanecerá para sempre vivo em mim, onde o baixar a cabeça, não me era opção.

E eu jamais fiz isso, jamais mendiguei por algo, quer ficar? Fique, se não quiser pode ir. 

[ DEGUSTAÇÃO] Suas cores & Eu Onde histórias criam vida. Descubra agora