"O que, na vida, é garantido? Se andar, há uma chance de cair. Só porque podemos ser infelizes, não é razão para não sermos felizes, certo?" (Kang Joo Eun - OH MY VENUS)
Sexta-feira, 05h30.
— Dói?
— Não. É até legal, eu acho que 'tô parecendo uma múmia!
Sasuke lançou um olhar confuso para Hinata, que deu de ombros enquanto observava a irmã esticar as mãozinhas em frente ao corpo, movendo-as para imitar o dito monstro ao qual se comparava. Os dois adolescentes estavam no quarto do hospital dela, fazendo-lhe companhia até que Hiashi voltasse com a permissão de saída. Ela levaria algum tempo para se recuperar e teria que usar óculos para o resto da vida, mas ficaria bem. E foi esse alívio que dominou o peito da primogênita ao pensar que seus problemas com Hana estava quase resolvidos.
— Qual é, Sasuke! — a caçula resmungou. — Anda logo, vem me ajudar!
Antes que ela pudesse se levantar e convencesse o garoto a fazer o que queria, o patriarca da família Hyuuga entrou no quarto. O sorriso no rosto dele era tão grande que ninguém teve dúvidas sobre a alta de Hanabi.
— Deixe Sasuke em paz, Hana — o adulto ordenou fazendo uma careta que, obviamente, não foi vista. — Agora, vão os dois para a escola. Não quero que tenham problemas perto do final do ano letivo.
Os dois aceitaram aquilo e saíram da sala, não antes de prometerem a Hanabi vários doces e chocolate. No entanto, a primogênita ficou calada o caminho todo. O Uchiha se perguntava qual seria o problema dela, já que parecia feliz ao extremo pela irmã e completamente aliviada. Queria muito perguntar, mas não teve a oportunidade. Eles chegaram à escola logo e, apesar de ainda faltar muito tempo para a aula começar, a jovem inventou uma desculpa e saiu correndo para a própria sala, deixando-o sozinho no corredor.
***
Sai não era burro. Ele conhecia os dois amigos muito bem para saber que existia algum problema, mas ainda não desenvolvera o poder de ler mentes ou adquirira uma bola de cristal que funcionasse. Apesar de ser de outra turma e de precisar assistir às últimas aulas, o jovem pintor foi até o segundo ano B e bateu na porta com força.
— O que foi, Sai? — Claro que a professora Kurenai ficou infeliz com a interrupção.
— Desculpe, professora — pediu exibindo um de seus enormes sorrisos falsos —, é que o diretor está procurando pela Hinata e o Gaara. Será que pode liberá-los?
Um suave uivo ecoou pela sala, como se isso fosse o bastante para mostrar que estavam em problemas. Kurenai não gostou nada e mandou que todos ficassem quietos antes de acenar rapidamente para a os dois adolescentes chocados.
— O que vocês estão esperando? Vão logo!
— Desde quando você mente?
— Desde que eu nasci.
— Sai, isso foi muito errado.
Hinata e Gaara descobriram muito tempo depois, quando não foram para a sala do diretor, mas para trás das arquibancadas, onde os inspetores dificilmente se enfiavam para procurar por alunos fujões. Sai abriu um sorriso, como se gostasse da ideia de ter feito algo errado, mas fez um gesto cheio de descaso com a mão. Os três estavam sentados em uma rodinha no chão.
— Ninguém vai morrer se vocês bolarem uma aula. E então?
— Então o que seu maluco? — Gaara estava claramente descontente. — Se não tem ninguém morrendo, vou voltar para minha aula. — Antes que ele pudesse se levantar, Sai foi mais rápido e puxou-o pela camisa, fazendo com que caísse de bunda na pedra. — Ai!
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O que é Amor?
FanfictionHinata está em seu penúltimo ano do ensino médio e ela só quer a ter uma pergunta respondida: o que é amor? Mergulhada em uma escola longe de tudo que conheceu, a adolescente tem que enfrentar pessoas cruéis todos os dias, mas seu espírito permanece...