An Angel || l.h

O Casamento

Michael embrazando com música dos anos 20

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Há três anos...

Quando Luke e Lucas chegaram na enorme casa, se deslumbraram de imediado com tamanho luxo. Não imaginavam que herdaram do avô algo tão inusitado.

— Que bom que já chegaram. — A voz ecoou pelo salão principal. Os gêmeos se viraram ao mesmo tempo, encontrando a figura tão conhecida por um deles.

— Stephano, quanto tempo. — Lucas cumprimentou.

— É bom revê-lo. — O homem apertou sua mão, em seguida virando-se para o outro loiro, que olhava tudo a sua volta com bastante atenção. — Luke, como vai? Não tivemos o prazer de sermos apresentados, sou Ravyeri Stephano, trabalhei bastante tempo para seu avô.

— Oi. — Hemmings voltou sua atenção para o de óculos. — Que tipo de trabalho?

— Advocacia.

Lucas riu, sua mente vagando para outros trabalhos que aquele homem poderia ter tido com seu falecido avô.

— Antes de vocês assinarem as papeladas, fiquem a vontade para conhecer todo o lugar.

— Eu já me sinto em casa. — Lucas respondeu com um sorriso de canto, piscando para algumas mulheres que transitavam para lá e para cá.

Hemmings sumiu de vista, deixando Luke sozinho no meio do imenso salão, este que estava nitidamente desconfortável com toda a situação. Caminhou até o balcão de bebidas e se sentou sem muito gosto, apenas para esperar o irmão e acabar logo com toda aquela burocracia de papéis.

O loiro apoiou o cotovelo no balcão de madeira pura, enquanto pendia a cabeça sobre sua mão. Estava olhando para um quadro qualquer quando escutou a porta principal sendo aberta, seu desconforto e quaisquer outro sentimento que predominava naquele momento sumiu quando seus olhos foram em direção a moça que acabará de entrar.

As íris azuis vidradas da forma mais hipnotizante que conseguia. Aquela era sem dúvidas a mulher mais bonita que ele já havia visto, de uma beleza singela e marcante.

Lucas que estava do outro lado do salão também levou seu olhar até a menina, facindando-se por tamanha beleza. Ignorou as duas mulheres ao seu lado, não conseguia de forma alguma tirar seu olhar de Delilah.

— Uh. — disse Stephano, observando os gêmeos.  — Ah, o amor juvenil. — Soltou uma risadinha enquanto balançava a cabeça. — Esse vai dar trabalho.

**

— Lucas... — Delilah estava embriagada pelo beijo. Suas mãos estavam apoiados no peito do loiro, a intensidade do beijo lhe pegou desprevenida.

Luke se afastou, engolindo em seco quando o nome de seu irmão foi pronunciado. E então a menina voltou a si, percebendo a bobagem que havia feito.

— Luke, me desculpe, eu não sei o que deu em mim.

— Não, eu quem devo me desculpar, está tão nítido o quanto ainda gosta do Lucas, eu acabei ultrapassando um limite com você. Isso não irá mais se repetir.

E então saiu do quarto, deixado Delilah ainda atordoada pelo que havia acontecido. A menina não podia negar o quanto o beijo de Luke e Lucas eram diferentes, enquanto um era algo mais agressivo e cheio de desejo, o outro era carinhoso, calmo e sedutor.

A sensação dos labios de Hemmings nos seus demoraria a sair.

[...]

As semanas se passaram rapidamente, em uma semana Delilah escolhia seu vestido de casamento e em outra já estava no dia do grande evento.